De acordo com o Ministério das Comunicações, em dois anos de implementação do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), a quantidade de usuários de tecnologia 3G cresceu 270%, passando de 15,2 milhões em maio de 2010, para 56,3 milhões em maio deste ano. Os dados foram apresentados no último dia 04 pelo secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, no 2º Fórum da Internet no Brasil, em Olinda Pernambuco.
Alvarez explicou que o PNBL, ao contrário do que muitos imaginam, não se restringe apenas à oferta de internet a preços populares e sim, o programa engloba a redução das desigualdades regionais e sociais, geração de emprego e renda e competitividade do Brasil no cenário internacional.
Os dados apresentados pelo secretário-executivo do MiniCom revelam que a quantidade de cidades brasileiras que contam com o serviço 3G aumentou 232%, passando de 681 municípios para 2.261, entre 2010 e 2012. A base de assinantes da banda larga fixa atingiu o total de 18,7 milhões, salto de 42% em relação a 2010. Apenas no ano de 2011, 6 milhões de domicílios em todo o Brasil passaram a contar com serviço de internet rápida e a meta do governo é cobrir 70% das casas brasileiras até 2015.
Principais ações do PNBL
Alvarez destacou a reativação da Telebras e a venda de capacidade a pequenos provedores locais de internet para dinamizar o mercado. Até o final do ano, a rede de fibra óptica administrada pela Telebras deverá atingir 21 mil quilômetros de extensão, cobrindo duas mil cidades. A expectativa para 2014 é que essa rede atinja 31 mil quilômetros, propiciando uma cobertura para 4.283 mil municípios.
A licitação das faixas de 2,5 GHz para a tecnologia 4G, e da faixa de 450 MHz, para levar telefonia e internet às áreas isoladas do país, também são medidas previstas no PNBL para promover a massificação do acesso à Internet.
Outras medidas são a assinatura de acordos com empresas privadas para ofertar internet a R$ 35, na velocidade de 1 Mbps; redução de preços no atacado; construção do satélite geoestacionário; anel de fibra óptica interligando os países da América do Sul; aprovação do Plano Geral de Metas de Competição, pela Anatel; o Regime Especial de Tributação, que desonera a construção de redes de telecom; além de atualização na legislação, para disciplinar a instalação de antenas e definir o compartilhamento de infraestrutura de redes entre as empresas.
Inclusão Digital
O secretário-executivo destacou o projeto Cidades Digitais, que pretende implantar e fortalecer conexão rápida à internet em órgãos municipais. A medida deve beneficiar diretamente a população, uma vez que a meta é ampliar a oferta de serviços de governo eletrônico, como marcação de consultas pela internet ou a efetivação de matrículas em escolas municipais, por exemplo.
A ampliação do número de telecentros e de pontos de acesso livre à rede também estão entre as ações do ministério. Já são mais de 6,6 mil telecentros em todo o país e o objetivo é instalar quase 3.500 novos espaços ainda este ano, sendo 810 na zona rural.
FONTE: IP NEWS