A engenheira civil Flavia Arranz conseguiu entrar em um dos programas de trainee mais disputados do país com a ajuda de um programa de Videoconferência. Até a terceira fase da seleção, ela sequer tinha conhecido alguém da companhia ao vivo e nem ao menos falado ao telefone com os recrutadores. Todo o processo de seleção, desde a inscrição para a vaga até a entrevista em inglês, foi feito virtualmente.
A engenheira recém-formada se cadastrou pelo site da companhia, fez provas online e recebeu por email uma confirmação de que havia passado nos testes. Em pouco tempo, o contato enviou uma mensagem offline pelo próprio programa com mais informações. No dia e hora marcados, ela ficou online e fez uma entrevista de cerca de 15 minutos com uma das psicólogas da empresa.
"No email eles também me informaram o tipo de conexão que eu precisaria para não ter problemas na videoconferência e pediram para que eu estivesse com uma câmera e microfone instalados no computador. Fiz a entrevista da minha faculdade mesmo", comenta.
Após a primeira conferência, Flavia recebeu um novo email dizendo que ela havia passado para a próxima fase e que, agora, faria uma entrevista em inglês, também pelo Skype. Desta vez, a webcam do recrutador estava desligada e ela ficou um pouco mais nervosa com a situação. "Eu me senti menos segura, porque não estava vendo as reações da pessoa. Eu acho que se estivesse cara a cara com o entrevistador sairia melhor", diz.
Apesar da insegurança inicial, ela se deu bem na entrevista e conseguiu chegar ao final do processo, onde foi, finalmente, recebida ao vivo pelos executivos da companhia. "Eu achei ótimo fazer tudo online, pois foi bem rápido e eu não perdi tempo me deslocando. Em dois dias fiz duas entrevistas que me levaram para a última fase do processo", lembra.
Recrutamentos como o de Flávia estão se tornando cada vez mais comuns hoje em dia. Uma pesquisa feita pela Right Management com mais de 2 mil recrutadores em 17 países, inclusive o Brasil, mostra que apenas 15% deles usavam vídeos e webcams para conversar com candidatos a uma vaga de emprego em 2010. Mas, este número deverá aumentar muito até 2015. A projeção é que, daqui três anos, 49% das empresas usem este tipo de tecnologia nos processos de seleção.
"Há uma redução de custo muito grande quando adotamos o recrutamento a distância. Os executivos não precisam gastar com transporte, estadia e alimentação para ir a outras cidades para conhecer os candidatos", afirma a psicóloga e recrutadora Jozete Costa Bezerra, Coordenadora de Consultoria da Ricardo Xavier Recursos Humanos.
Já de acordo com Tato Athanase, gerente de RH da SAS para o cone sul, a otimização de tempo é a principal qualidade na adoção do recrutamento via videoconferência. "Nossas entrevistas têm no mínimo uma hora, e os candidatos conversam com diversas pessoas da área, portanto, a entrevista virtual otimiza nosso tempo de deslocamento e nos permite aproveitar mais o momento da conversa. Investimos muito na entrevista porque a contratação é como um casamento", explica.
Jozete tem utilizado, de ínício, o telefone para recrutar candidatos e, após uma pré-seleção, usa um programa de Videoconferência para realizar as entrevistas mais elaboradas. Durante este bate-papo, ela observa tudo do candidato, desde a postura até a roupa. Além disso, como se trata de algo menos íntimo, ela costuma ir mais fundo nas perguntas para tentar captar ao máximo a essência do possível funcionário. Assim como no caso acima, Jozete não dispensa uma entrevista presencial, porém, nesta fase restam apenas 3 a 5 candidatos, que vão falar diretamente com os responsáveis pela vaga. "O presencial é sempre melhor para o recrutador, porque nos sentimos mais seguros nas escolhas, mas é possível fazer a triagem de longe", comenta.
No caso de Tato, é comum eles levarem os candidatos a vagas internacionais para o escritório da empresa localizado em São Paulo, onde o possível funcionário terá contato com todos os executivos estrangeiros com quem irá trabalhar. "Não descartamos totalmente a ideia de contratar alguém que conhecemos apenas virtualmente, mas o encontro presencial é um recurso a mais e quanto mais recursos tivermos, maior a chance de acertar na contratação", ressalta o gerente.
Na Ricardo Xavier, eles também fazem videconferência com mais de um candidato, já que, de acordo com Jozete, em grupo é mais fácil perceber a individualidade de cada um. Ela tem diversos casos de sucesso na candidatura virtual como a contratação de um diretor de uma grande empresa de Salvador, que foi selecionado virtualmente e permanece muito bem na empresa. Mas, ela ressalta que ainda não contratou ninguém que não tenha visto pessoalmente pelo menos uma vez na vida. O mínimo de contato físico é essencial, diz a psicóloga.
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FONTE: Olhar Digital