O número de ameaças virtuais focadas em dispositivos móveis continua crescendo em proporções gigantescas. É o que revela um estudo elaborado pela F-Secure, que mapeou as principais pragas voltadas para o ambiente móvel no primeiro trimestre de 2012.
Ao todo, foram contabilizadas 37 novas famílias e variações de aplicativos maliciosos para a plataforma Android, contra apenas 10 registradas no mesmo período de 2011. Já o número de ameaças presentes em pacotes de aplicativos do tipo APK (Android Application Package Files) saltou de 139 para 3.069 nos últimos 12 meses, ou seja, um incrível crescimento de 2.100%.
O estudo da F-Secure aponta ainda que os vírus do tipo "Trojan" (cavalo de Tróia), uma espécie de programa intruso que se instala silenciosamente no dispositivo se passando por um software autêntico, foram responsáveis por 84% das ameaças disseminadas no período.
Outra constatação é que quase 70% das amostras coletadas de novos tipos de malwares para plataformas móveis foram criadas com o intuito de extrair dados de usuários que possam ter algum valor comercial, tais como senhas bancárias, números de cartões de crédito, informações cadastrais etc.
"Um dos pontos que mais chama atenção nesse levantamento é o nível de sofisticação alcançado pelos autores desses vírus. Muitos desses malwares realmente entregam o que prometem. Por exemplo, no caso de um game, será realmente instalada uma cópia do jogo no dispositivo. Isso dificulta a percepção do usuário de que na verdade ele está sendo vítima de um crime cibernético", explica Ascold Szymanskyj, Vice-presidente de vendas e operações da F-Secure para a América Latina.
"Por isso é fundamental que os usuários se conscientizem da importância de ter no smartphone e no tablet o mesmo nível de proteção que existe no PC. O risco de contaminação é exatamente o mesmo e as organizações criminosas estão trabalhando nisso, justamente devido ao maior grau de vulnerabilidade desses dispositivos e pela despreocupação e desconhecimento dos usuários em relação a estes riscos", completa.
FONTE: Olhar Digital