Já virou clichê falar sobre o impressionante avanço das tecnologias e de como nossas vidas estão à mercê dos apetrechos eletrônicos e tendências que surgem a cada dia.
Mas os clichês são clichês por algo, e é impossível não se surpreender com a rapidez e a magnitude dessas mudanças.
Sim, por incrível que pareça, uma nova revolução – dessas que marcam época e mudam os costumes sociais de toda uma geração – está batendo às nossas portas. Inclusive já entrou em muitas casas e está se alojando na sala de TV. Ou melhor: na sala das Smart TVs.
As TVs conectadas são a bola da vez e vieram para ficar. Elas trazem embutidos navegadores de internet e centenas de aplicativos. Mas também carregam a semente de uma nova forma de assistir TV.
A “reinvenção” da televisão é resultado da convergência entre TV e internet. Os aparelhos que não estiverem conectados provavelmente serão relegados aos depósitos ou aos quartos de visitas, onde ficarão expostos como peças de museu.
Os números confirmam essa tendência: no Brasil, a participação de aparelhos conectados na venda de TVs deve passar de 1% em 2010 para algo entre 35% e 40% em 2012.
Em pouco tempo, o telespectador fará com a maior naturalidade do mundo algo que aprendeu nos computadores, smartphones e tablets: montar a sua grade de “favoritos”. E, no caso das Smart TVs, esses favoritos serão os próprios programas da TV, filmes e séries (por meio das locadoras virtuais), além da infinidade de conteúdo de vídeo online já disponível em canais como YouTube, Vimeo, Terra TV e outros.
Além disso, entre os mais de 500 aplicativos disponíveis globalmente, o telespectador tem acesso aos mais diversos tipos de conteúdo e serviços, como previsão do tempo, trânsito, redes sócias, jogos online, entre outros.
Com tanto conteúdo disponível, algumas Smart TVs ajudam o telespectador a escolher o que mais lhe agrada, por meio de um sistema de recomendação de conteúdo baseado nos hábitos de navegação do usuário.
Se o telespectador gosta de assistir filmes em casa, os primeiros aplicativos que aparecerão quando ele ligar a TV serão aqueles relacionados à locação de vídeos (on-demand), inclusive com separação por gênero que a pessoa mais gosta de assistir.
Outro conceito que vai fazer o usuário abandonar a cadeira na frente do computador e voltar para o sofá é o Catch Up TV – que permite ao consumidor assistir à programação das emissoras de TV on demand, quando quiser.
Outra funcionalidade das Smart TVs é o Social TV – Facebook, Twitter Email – que permite ao telespectador compartilhar o que está assistindo nas redes sociais usando apenas o controle remoto.
A comunicação entre as pessoas é outra área que vai sofrer algumas mudanças importantes. Alguns modelos de Smart TV já vêm com Skype , de forma que é possível fazer vídeo-chamadas usando a tela da TV.
Se a chegada da TV convencional alterou de forma considerável a dinâmica das relações a partir da metade do século XX, as Smart TVs, com toda sua complexidade e possibilidades, já estão provocando uma nova e inexorável revolução.
FONTE: IDG NOW