A crescente popularidade das redes sociais no Brasil tem contribuído para modificar o comportamento dos funcionários. Segundo pesquisa conduzida pela Adecco, empresa de gestão de recursos humanos, 58% deles as utilizam para se comunicar profissionalmente.
O número pode não ser expressivo, mas mostra que portais como Facebook, Twitter e Orkut deixaram de ser vistos apenas como opções de lazer na web – o LinkedIn, embora também tenha entrado no estudo, sempre teve o público corporativo como alvo.
Para Fabiane Cardoso, coordenador da companhia no Brasil, os usuários devem ficar atentos já que seus perfis nas redes podem ser vistos como “espelhos de suas personalidades”.
“Em um processo seletivo, certos posts podem ser determinantes para conquistar um novo emprego. Claro que esse tipo de consulta na Internet varia de empresa para empresa. Por isso, o mais recomendável é o bom senso sempre”, disse.
Os setores que mais acompanham a vida online de empregados e candidatos são, na ordem, os de segurança, finanças e indústria. “Muitas fotos em festas, onde se nota a presença de bebida alcoólica ou outros vícios, costumam levar à desclassificação”, disse Fabiane, tomando os processos conduzidos pela Adecco como referência.
De acordo com estudo, um terço dos funcionários não tem acesso às redes sociais do escritório – o que prova que boa parte leva trabalho para casa – e apenas 27% das empresas não fazem qualquer tipo de restrição quanto à sua utilização.
Somente 2% dos 500 entrevistados já receberam algum tipo de advertência da companhia pelo o que compartilham. A baixa porcentagem pode ser explicada por outros dois índices: 73% afirmaram não falar sobre trabalho nas redes sociais, enquanto que 10% disseram comentar tais assuntos diariamente.
Vale lembrar que a maioria dos portais permite limitar o acesso a determinadas publicações. Tanto no Facebook quanto no Orkut, por exemplo, é possível deixar uma foto visível apenas para os amigos mais próximos.
FONTE: IDG NOW