Um levantamento feito pela Huawei, desenvolvedora de soluções para redes de telecomunicações, em parceria com a Teleco, consultoria especializada em telecomunicações, acabam de consolidar o "Balanço Huawei da Banda Larga 2011", com dados do Brasil e do mundo. Segundo o estudo, o serviço de banda larga móvel no país praticamente dobrou no último ano, passando de 20,6 milhões de acessos em 2010 para 41,1 milhões no ano passado. Projeções da Teleco estimam que os acessos móveis no país devem se manter em crescimento pelos próximos anos, podendo chegar a 73 milhões em 2012, e a 124 milhões em 2014.
Em 2011, o serviço de banda larga móvel já estava disponível para 84% da população brasileira, o que representa um crescimento de 15,7% em relação ao ano anterior, além de já superar as metas estabelecidas pela Anatel para 2016. No quesito cobertura, o estudo mostra que, em 2011, 48,6% dos municípios brasileiros eram atendidos pelo serviço, em comparação com 23,4% do ano anterior.
A receita das empresas com uso de dados também continua crescendo no mundo inteiro. No Japão, por exemplo, mais de 50% da receita líquida das operadoras é representada por uso de dados; nos Estados Unidos, 40%; na Europa esse número já supera os 30%. No Brasil, a receita bruta de dados representou 20,9% da receita de serviços das operadoras em 2011, sendo que essa tendência de crescimento é estimulada pela crescente venda de smartphones, mesmo com o aumento de 27,4% nos preços desses aparelhos no último trimestre do ano passado.
Outros dados interessantes são a continuidade do crescimento das receitas provenientes do serviço de voz, de 9,4% no quarto trimestre de 2011 com relação ao mesmo período do ano anterior e, pela primeira vez, o decréscimo da quantidade de acessos GSM, de 199,5 milhões em dezembro de 2011 para 199 milhões em fevereiro deste ano.
De acordo com estimativas da União Internacional de Telecomunicações (UIT), a banda larga móvel no mundo cresceu 26,2% em 2011, enquanto que a banda fixa apresentou um aumento de 12,1%. No Brasil e no mundo, o WCDMA/HSPA continua sendo a principal tecnologia para o fornecimento de banda larga móvel.
Banda larga fixa
Os dados levantados sobre o serviço de banda larga fixa apresentaram um crescimento de 19,6% em 2011, com 16,5 milhões de acessos, contra 13,8 milhões registrados no ano anterior. As projeções da Teleco mostram que o Brasil deve atingir a marca de 20 milhões de acessos em 2012, chegando a 30 milhões até o ano da Copa do Mundo. Esses números levariam a penetração do serviço a 15 acessos/100 habitantes em 2014, comparado a uma média de 25,7 acessos/100 habitantes que os países da OCDE tem hoje.
O estudo também mostra um expressivo avanço na cobertura do serviço. Em 2010, por exemplo, 81,1% dos municípios brasileiros eram atendidos por banda larga fixa e em 2011 o porcentual passou a 99,8% dos municípios.
Projeções 4G
Hoje, segundo a GSA, 41% das redes 3G no mundo já são HSPA+, que suportam velocidades de download de 21/42 Mbps. Em 2010, a população mundial contava com 103 redes HSPA+; hoje o número subiu para 187, um expressivo aumento de 82% que ilustra o potencial de atualização das redes existentes para prover maior capacidade aos usuários. No ritmo atual, estima-se que em menos de três anos mais de 80% das 451 redes 3G no mundo já estariam atualizadas para suportar o HSPA+.
Já as redes LTE, adotadas como a tecnologia seguinte pela maior parte das operadoras de celular e que suportam velocidades médias de 100/50 Mbps por célula, para canais de 20 MHz, aos poucos vêm ganhando projeção mundialmente, com 62 redes em operação comercial em janeiro deste ano.
No entanto, a maior disponibilidade de terminais LTE se dá na faixa de 700MHz, com 142 dispositivos em janeiro/2012. A faixa de 2,6 GHz, objeto da licitação no Brasil, possui 65 dispositivos LTE FDD e 41 LTE TDD, o que pode retardar a adoção da tecnologia no país uma vez que os custos de terminais podem restringir seu mercado potencial.
FONTE: Administradores