Desde o início, a Mídia Digital Out Of Home (MDOOH) vem adaptando sua utilização de forma a conseguir trazer resultados mais expressivos para os anunciantes. A novidade é fazer uso da interação para conseguir ganhos cada vez mais notórios.

De acordo com Avelino S. Querido (Bill), diretor da Droidigital Midia, há uma evolução nos EUA em que as pequenas telas de Digital Signage são posicionadas nas gôndolas, na altura dos olhos dos consumidores, focados em um único produto para que garantam sua efetividade, comunicando melhor e, consequentemente, aumentando as vendas. “Outra tendência é a interatividade, em que, além de comunicar, as telas oferecem a possibilidade de deixar o consumidor navegar em menus interativos e explicar melhor os diferenciais dos produtos anunciados”, relata Bill.

Na opinião do diretor, os grandes monitores aéreos (que são instalados no alto nos PDVs) não são percebidos pelos consumidores com tanta facilidade e acabam tendo muita dispersão em função de comunicarem vários produtos dentro de uma grade de programação.

Para o sócio-diretor da Singular, Arquitetura de Mídia e assessor da área de marketing da Associação Brasileira de Mídia Digital Out of Home (ABDOH), Geraldo Leite, a novidade da MDOOH se dá tanto no PDV (em supermercados, lojas, etc.), em outros setores/locais, como os chamados de “audiência cativa” (locais de espera, como meios de transporte, consultórios, etc.), como também na “mídia em trânsito” (quando a pessoa se desloca e recebe diferentes estímulos, como em estações de metrô, por exemplo).

De acordo com o sócio-diretor da Singular, a MDOOH, por natureza, é produto da mais avançada tecnologia disponível. Quando questionado sobre as novidades para este ano, ele diz não ver essa questão como uma virada de postura, mas como um processo em contínuo desenvolvimento. “Um dos aplicativos que tem evoluído no mercado é poder trabalhar com GPS ou 3G para melhor identificar os interesses dos usuários e dos anunciantes”.

Nesse sentido, Geraldo Leite cita o exemplo da empresa OnBus, que consegue identificar os sinais por onde os ônibus passam por meio de GPS, pela tecnologia 3G. “Com o uso da tecnologia, é possível prestar um melhor serviço ao usuário de transporte coletivo – avisando antes, por exemplo, sobre locais de congestionamento à frente – e também ao mercado anunciante, pois é possível direcionar mensagens publicitárias para empresas que tenham interesses bem específicos em determinadas regiões e até quarteirões”.

Dentro de um cenário no qual os consumidores têm acesso cada vez maior à interatividade, é de se esperar que isto se torne cada vez mais usual, seja em Pontos de Venda, Shopping Centers, Hotéis, Centros de Convenções, Aeroportos, Rodoviárias, TVs Corporativas, etc., em que os consumidores buscam informações para tomada de decisões e podem também receber impactos de marcas e produtos. Bill explica que os totens interativos são cada vez mais frequentes e podem conter catálogos de produtos, realizar vendas, comparar produtos, realizar pesquisas de opinião, conter aplicativos específicos, etc. “A interatividade, por sua vez, está ficando mais sofisticada e já é possível interagir com a mídia sem tocar uma tela, com o simples acenar das mãos por exemplo. Ou interagir com o lado de fora da tela: o sistema pode ligar um aparelho externo, acender um back light, tocar uma campainha para chamar um vendedor, etc. Até a TV Corporativa já pode ser interativa”, ressalta o diretor da Droidigital Midia.

Em função de ser uma mídia ainda recente, Bill relata que se busca mundialmente a quantificação de sua eficiência. “A interatividade pode também ser uma ferramenta muito útil neste sentido, pois os softwares destes dispositivos podem gerar relatórios de acesso, dando uma visão precisa de quantos consumidores têm contato com a marca ou o produto do cliente, que, por sua vez, está muito ligado no ROI (Return On Investment)”, finaliza o diretor.

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FONTE: PROMO INSIGHTS