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N o t í c i a s

15/3/2012
Objetivo do Google é conquistar as redes sociais, diz ex-diretor

Um ex-executivo do Google saiu publicamente para dizer que lamentava que a gigante da internet tenha ficado obsessiva com a publicidade e com a liderança nas redes sociais, um lugar ocupado atualmente pelo Facebook.

James Whittaker deixou a Microsoft em 2009 por um cargo de engenharia do Google, mas retornou à Microsoft em fevereiro. Em um blog pessoal, Whittaker explicou na terça-feira (13) porque deixou o Google, considerado um dos locais de trabalho mais atrativos do mundo.

“O Google que me apaixonava era uma empresa de tecnologia que deu poder aos seus empregados para inovar”, disse Whittaker. “O Google que deixei é uma empresa de publicidade com um único objetivo de mandato corporativo”.

Segundo Whittaker, o objetivo do Google é conquistar o reino das redes sociais, onde o Facebook lidera e um campo no qual o Google foi mal com suas apostas, como Buzz e Wave. “Larry Page assumiu ele mesmo o comando para corrigir isso”, disse, referindo-se ao cofundador da companhia, que assumiu o cargo de presidente-executivo em 2011.

Whittaker disse que as redes sociais se converteram em um mandato corporativo chamado Google+. Ele deu ênfase na sincronização da rede social Google+ com serviços populares da companhia, como o motor de busca e o YouTube.

“Como a fábula da lebre, que está tão confiante de sua liderança que corre o risco de tirar uma pequena soneca, o Google despertou de seu sonho social e descobriu que sua condição de precursor nos avisos publicitários estava ameaçada", disse Whittaker.

O Google fechou sua iniciativa Labs para apoiar projetos experimentais e cortou uma política que permitia aos seus funcionários dedicar 20% de seu tempo a ideias alheias as suas atividades habituais, segundo Whittaker.

"O Google era a criança rica que, depois de descobrir que não foi convidada à festa, construiu seu próprio partido na vingança", continuou Whittaker. O fato de que ninguém foi à festa do Google se converteu em um tema tabu, concluiu. O Google não quis comentar o artigo.

FONTE: G1 Globo


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