Hoje, conexão à internet é fator imprescindível para realizarmos várias atividades da vida moderna. E, convenhamos: quanto mais rápida, melhor. Para as conexões fixas, as velocidades são bem estipuladas: podemos optar por planos de 1 Mbps, 10 Mbps, 20 Mbps - quanto maior o número, mais rápido ela é, obviamente. Mas, no caso dos celulares, a velocidade é definida, basicamente, pela tecnologia utilizada pelas operadoras. É aí que entram as diferenças entre 3G, 3G+, 4G e muitas outras.
O "G" significa "Generation", ou "Geração", enquanto o número que o antecede faz menção a qual geração estamos (3G = terceira geração). A cada novo "G", melhorias na rede - sobretudo em velocidade - são implementadas ao consumidor. A grosso modo, o primeiro "G" representava telefones analógicos, enquanto o 2G trouxe os telefones digitais. Com a evolução da tecnologia, surgiu o EDGE - também chamado de 2,5G, que oferece transferência de dados a velocidades não muito satisfatórias. De vez em quando, é possível que você ainda veja um "E" aparecendo no visor do seu telefone - essa rede EDGE, que funciona em paralelo com a 3G atual, é acionada quando o sinal não é muito forte na região onde você está.
O 3G
Na teoria, a tecnologia 3G permite até 7Mbps de velocidade - algo satisfatório para os padrões de dados do mundo atual. Mas, na prática, por causa dos diferentes graus de conservação e robustez das redes das diversas operadoras, a velocidade da "banda larga móvel" varia entre 400 Kbps a 4 Mbps. Aqui no Brasil, porém, a média de oferta na velocidade de conexão é de 1 Mbps. Para piorar, por contrato, as operadoras se protegem e garantem a entrega de apenas 10% do que foi acordado. Isso é uma verdadeira puxada de tapete no consumidor que espera por bons serviços de internet móvel.
O modelo 3G é o predominante no Brasil, embora outros já estejam entre nós...
o 3G+
Está aqui uma oferta de internet móvel que, para parte do público, é uma evolução na forma de se navegar pelo celular. Para outros, é uma desculpa que tenta justificar a inexistência do 4G no Brasil até hoje.
O 3G+, a grosso modo, pode ser visto como um "empurrãozinho" na velocidade de conexão. A tecnologia pode ofertar até 21 Mbps, contra os 7 Mbps do 3G tradicional. Apesar dos números, na prática não é possível sentir muita diferença na velocidade se comparado com o 3G - salvo a estabilidade de sinal, que em tese é bem maior. O Olhar Digital já publicou uma matéria relacionada ao 3G+, inclusive com informações das operadoras nacionais que já oferecem este tipo de sinal. Clique aqui para saber mais detalhes.
O 4G
O sinal 4G, que pode oferecer velocidade de até 100 Mbps em seu celular, ainda não está disponível no Brasil. E a razão é a morosidade da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). A ANATEL determina, através de leilão de radiofrequência, as faixas de conexão 4G disponíveis para uso pelas operadoras. Em tal leilão, quem "vence" deverá ofertar a conexão 4G, mas não em suas regiões de escolha e sim em uma área determinada pela ANATEL. Em outras palavras: uma operadora pode oferecer o 4G na região Sudeste, onde a incidência de smartphones é maior, mas também é obrigada a disponibilizá-la na região Norte, por exemplo - onde, teoricamente, não seria um bom mercado para a empresa graças ao vasto território e pouca densidade demográfica.
Durante a Campus Party, o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que o edital para um novo leilão será publicado até o dia 16 de abril e terá um prazo de 30 dias. O leilão está previsto para acontecer em algum momento do mês de maio, ainda sem data definida.
A ANATEL já realizou audiências públicas e também com o setor privado para determinar cláusulas a constarem no edital. O leilão em si estava previsto para acontecer em algum momento de abril, mas as operadoras pressionaram pelo adiamento, sob justificativa de querer explorar mais o 3G, além de acreditarem ser difícil pagar pela licença de uso da faixa de frequência 2,5GHz - onde opera o 4G.
Para as operadoras, ainda existe um amplo investimento sendo feito no aproveitamento pleno do 3G no Brasil - e instituir o 4G agora seria exigir um valor que elas não estão dispostas a pagar. O foco delas, agora, é a instalação do 3G+, também chamado de HSPA+ - este, com o triplo de velocidade do 3G atual. O sinal 4G, em tese, é o que oferece a conexão mais rápida da internet móvel no momento: existe uma verdade nisso, mas é importante ressaltar que o nome "4G" serve para rotular diversas tecnologias de conexão móvel, como HSPA+ 21/42 (algo similar ao 3G+), WiMax e LTE - todos já presentes no Brasil, mas de forma menos expressiva.
FONTE: Olhar Digital