O futuro dos departamentos internos de TI está em jogo. Um estudo da Setesca, companhia especializada na melhoria de serviços de valor agregado, aponta que mais e mais empresas vão observar a TI como "mercadoria" e que mudaria o papel do CIO. Essa visão ganhará força nos próximos anos.
O relatório revela que companhias, diante da crise econômica que abala a Europa e os Estados Unidos, e da constante corrida por redução de custos, estão pensando em terceirizar departamentos inteiros de TI até 2017. "Se não houver mudança na orientação do trabalho no setor, cerca de 80% dos departamentos serão contratados por meio de outsourcing”, indica o levantamento.
A projeção é resultado de um estudo com mais de mil CEOs e gerentes-gerais de empresas, que indica ainda que uma das principais razões para esse fenômeno é que o departamento de TI é o de pior percepção entre os gestores em termos de agregação de valor.
É por isso que, de acordo com a pesquisa, a área parece ser considerada commodity e os avanços tecnológicos começaram a passar uma ideia de que as soluções apresentadas pelos departamentos de TIC são menos evoluídos do que as do mercado. O resultado é que, dada a instabilidade econômica que surgiu na Europa e Estados Unidos, a decisão de terceirizar essa atividade "pode ser considerada", diz o relatório.
Em geral, a tendência observada pela Setesca é que as organizações vão manter as prioridades de gestão, os departamentos comerciais (vendas e marketing) e uma parcela das operações de finanças internamente, enquanto os outros setores da organização claramente ficaram em segundo lugar na lista de prioridades.
Ao que parece, aponta o levantamento, o CIO se vê diante de um momento de mudança de paradigma e do seu perfil profissional. Uma mudança que envolverá a computação tradicional e ainda traz um novo conceito voltado para o alinhamento com outros departamentos para implementar e melhorar processos de negócios de forma pró-ativa.
"A maioria dos funcionários dos departamentos de TI deve se reciclar com urgência para compreender que a estabilidade da infraestrutura e a automação de processos administrativos (e que inclui a implementação de ERP) devem estar no centro da estratégia das companhias", diz o relatório.
FONTE: CIO UOL