A internet virou a fonte mais dinâmica, rápida e fácil para assistir a vídeos, programas e filmes. De acordo com uma pesquisa realizada pela Deloitte, os brasileiros passam três vezes mais tempo na frente do computador do que assistindo à televisão. Nessa mesma pesquisa, 81% dos participantes apontaram o computador como o meio de entretenimento mais importante em relação à TV.
Entre outras inúmeras facilidades, a internet deixou o acesso a vídeos muito simples, sem depender de grades de programação de emissoras, por exemplo. A explosão e o sucesso aparentemente infinito de sites de vídeos é a melhor prova disso. Além da possibilidade de acessar sites para assistir a vídeos, também é muito comum o interesse pelo download desses vídeos. No Baixaki, por exemplo, qualquer programa que baixe vídeos de sites é sinônimo de boa aceitação do nosso público. Logo, surge uma dúvida para quem acompanha esta febre: qual é a tendência do nicho de vídeos pela internet? Recursos para streaming evoluirão ou mecanismos mais rápidos para download serão procurados?
Download
O Download de vídeo acontece como um download normal. Isso significa que não é possível assistir ao arquivo enquanto ele é baixado, caso o download seja feito por um navegador ou gerenciador comum. Em downloads através de programas do tipo P2P, existe a possibilidade de pré-visualizar o conteúdo enquanto ele é baixado, mas esse recurso nem sempre funciona com perfeição.
Arquivos de filmes e episódios completos, por exemplo, exigem paciência e uma boa conexão, além de bastante espaço. É só lembrar que, em qualidade padrão para TV, um filme de duas horas ocupa um DVD todo de 4.7 GB.
O download de arquivos de vídeos também é feito através de redes P2P e, de fato, se popularizou mais dessa maneira. Em curtas palavras, os arquivos saem do disco rígido de um usuário para o disco rígido do outro, pura e simplesmente.
Streaming
A palavra streaming, dentro do contexto da informática, designa a tecnologia para transferência de dados de uma maneira que eles possam ser recebidos e processados em um curso constante. Grosso modo, é a possibilidade de assistir a um vídeo enquanto ele é carregado em um servidor que não envolve outros usuários.
Se os downloads convencionais precisam de uma boa conexão para serem feitos rapidamente, o streaming também requer uma conexão “porreta” para que um vídeo seja assistido sem interrupções. Afinal, quem nunca passou pela necessidade de pausar um vídeo para esperá-lo carregar todo?
O streaming explodiu para o público da internet a enorme facilidade que é criar e divulgar conteúdos próprios. Basta parar e pensar em quantas celebridades do YouTube não surgiram ou até mesmo em todos os usuários que adoram publicar seus vídeos.
O streaming contra a pirataria
No Brasil, o público que faz download de vídeos é minoria pelas limitações de conexão. Parece surreal, mas a internet discada ainda existe por aqui e para muitas pessoas. Esses usuários não fazem downloads de arquivos gigantes porque, primeiramente, não são loucos. Segundo, eles buscam a possibilidade de assistir ao que querem quando quiserem.
Já o streaming caiu como uma luva para qualquer pessoa com vontade de disponibilizar seus vídeos na internet. Afinal, é muito mais fácil ter uma conta no YouTube do que disponibilizar um vídeo através de um servidor para download. Disponibilizar qualquer videozinho de 15 segundos através de download direto ou através de um programa compartilhador era muito comum há alguns anos e ainda é possível encontrar atualmente, mas não com a mesma frequência e não com a mesma vitrine. O streaming leva vantagem nesse sentido porque você não depende que outro usuário esteja conectado para que você baixe o arquivo necessário.
O conceito de cloud computing (computação em nuvem) pode definir o futuro dos vídeos na internet. Resumidamente, este conceito aposta e cria ferramentas para uso online, sem a necessidade de instalar vários programas diferentes em seu computador, pois tudo fica armazenado na internet.
Atualmente, já estão disponíveis até programas antivírus que funcionam via cloud computing. Isso indica a evolução do conceito, e o streaming de vídeos não deve ser exceção. Hoje já existem vídeos disponíveis em alta qualidade e alta definição em sites como Hulu, por exemplo, onde é possível assistir a episódios inteiros de séries em HD (alta definição). No entanto, por questões de direitos autorais, o Hulu transmite esse conteúdo somente para os Estados Unidos (clipes podem ser vistos no canal do Hulu no YouTube).
Os brasileiros não precisam se desesperar. Sites como mundofox.com.br e o South Park Studios também exibem os episódios completos de suas séries. Está aí a dica para emissoras e produtoras: downloads diminuem quando o público encontra vídeos para assistir pela internet, pois eles têm acesso ao que querem assistir quando quiserem.
Você está bem conectado?
O sucesso de downloads e streaming depende de uma ferramenta importante: conexão rápida e estável com a internet. A mesma pesquisa da Deloitte citada neste artigo também revelou que os brasileiros acham que suas conexões não dão conta do recado. Por isso, 85% dos entrevistados afirmaram que estão dispostos a desembolsar mais dinheiro para ter uma conexão melhor e mais estável.
A banda larga no Brasil sofre com falta de infraestrutura, boa manutenção dos serviços oferecidos e até mesmo conflitos com a indefinição de uma lei concreta contra a pirataria. Para acompanhar as exigências da tendência do cloud computing, ainda há muitas melhorias a serem feitas. É necessário definir os padrões do que é legal e o que é pirataria e disponibilizar uma conexão de altíssima velocidade ao público generalizado, algo que está longe de acontecer.
Com uma conexão estável e disponibilidade de séries e episódios em sites legalizados, a procura por downloads de episódios e séries pode cair drasticamente. Há um grande debate sobre a legalidade de redes P2P, mas não há dúvidas sobre sites oficiais de emissoras e produtoras que disponibilizam este conteúdo, uma vez que o detentor dos direitos controla onde e quando o vídeo é assistido.
Outra vantagem do streaming sobre o download é a não necessidade de memória física, ou seja, espaço em disco rígido. O download exige que o arquivo seja salvo no computador, mas o streaming, não. A discussão sobre downloads e disponibilização de conteúdo no Brasil está apenas começando.
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FONTE: Tec Mundo