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N o t í c i a s

26/12/2011
As dez escorregadas da TI em 2011

Nem tudo são flores quando o assunto é retrospectiva 2011, por isto, foi elaborada uma lista com as 10 principais escorregadas da TI neste ano que passou. Falha de privacidade expondo Zuckerberg no Facebook, falha de segurança na PSN, indefinições na HP… tudo o que os envolvidos gostariam de “esquecer” sobre o ano.

As ocorrências não estão elencadas por ordem de importância, mas por um mínio de cronologia:

1- HACKERS RENDEM A SONY

Os aficionados por games passaram um mês em abstinência dos jogos do PlayStation Network e Sony Online Entertainment, quando, em meados de abril, a Sony foi alvo de um ataque de hackers que sequestrou informações pessoais de 77 milhões de usuários. A rede, que suporta o jogo em modo multiplayers e dá acesso à loja online da marca, foi atacada entre 16 e 17 de abril. Três dias depois, ao descobrir o roubo dos dados, a empresa desligou os servidores online, que só voltaram a funcionar após alguns prazos adiados, até que a segurança das informações fosse restabelecida. A Sony tentou, mas, quando tudo parecia resolvido, uma nova surpresa: um intruso acessou o sistema e roubou pontos virtuais de clientes no valor de US$ 1.225. Desta vez, um episódio de menor impacto. Para os usuários, porém, um desgaste que abala a confiança na marca

2- PRODUÇÃO DE IPAD NO BRASIL: PROMESSA NÃO CUMPRIDA>

O ano terminou e a fantástica fábrica de US$ 12 bilhões que produziria os tablets e smartphones da Apple no Brasil, como anunciado há meses pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, virou promessa de ano novo. Em outubro, a taiwanesa Foxconn, fabricante da marca, disse que manteria o prazo de dezembro para iniciar a montagem dos dispositivos em larga escala, em território nacional. Chegado o fim do ano, a companhia não sabe quando estará pronta para isso. Mercadante justificou o atraso por problemas de infraestrutura – a construção da alça de acesso à fábrica, em Jundiaí (SP), não foi concluída – e de falta de mão de obra qualificada no País, o que tardou as contratações. Até que os impasses sejam resolvidos, quem paga é o consumidor, com a tributação de 36% sobre os tablets.

3- HP DECIDE ABANDONAR PCs E webOS

O ano foi de decisões difíceis para a HP. Após a grande reestruturação promovida por Mark Hurd, com enxugamento de custos e elevação dos lucros, Leo Apotheker, seu substituto na liderança global da marca, deu a notícia que caiu como uma bomba no mercado: a companhia abandonaria o negócio de PSG (Personal System Group), para direcionar a estratégia a software e serviços. A questão era: como enfrentar o crescimento vertiginoso da Apple, em um mercado de margens estreitas? O CEO aproveitou também para descartar o mercado de tablets e smartphones, deixando de investir na plataforma webOS, resultado da aquisição da Palm, e no recém-lançado tablet TouchPad. A euforia que se instalou após o anúncio não foi para menos: a área de PCs da HP gera quase um terço do faturamento anual da empresa, de US$ 126 bilhões, além de ser um dos maiores compradores de componentes eletrônicos do mundo.

4- HP VOLTA ATRÁS NA DECISÃO

Não demorou muito para que Leo Apotheker caísse do posto de CEO. Um mês após ser indicada para a sucessão, Meg Whitman anunciou que, após muitos estudos sobre os impactos potenciais de uma venda ou spin-off de PSG, a HP desistira da ideia. O alto custo do encerramento das atividades da área não foi a única descoberta da companhia. Entregar o mercado de computadores traria um impacto de grande proporção para o negócio de servidores, uma vez que o poder de fogo da HP seria reduzido. A revisão dos planos incluiu a retomada do mercado de tablets. Apesar do vexame, a nova CEO chegou mostrando serviço.

5- ATRASADA, ORACLE ENTREGA JAVA REGULAR

Foi correndo contra o tempo que a Oracle lançou o Java 7, primeira versão da plataforma de desenvolvimento aberto criada sob sua gestão, após a aquisição da Sun, criadora da linguagem. Atrasada em dois anos, a companhia colocou no mercado uma versão menos parruda do que o esperado, o que não agradou os usuários. A falta de alguns componentes e a existência de falhas que poderiam estourar o compilador NullPointerException geraram reclamações. Aos desenvolvedores, contudo, resta esperar até outubro de 2012, quando a companhia deve disponibilizar a versão Java 8, com tudo o que falta. Acima, Adam Messinger, vice-presidente de desenvolvimento de produtos, anunciando o Java 7

6- FALHA DE SEGURANÇA DO FACEBOOK EXPÕE ZUCKERBERG

Até Mark Zuckerberg entrou no alvo dos hackers que tumultuam as redes sociais. Em dezembro, o criador do Facebook teve seu perfil invadido e fotos pessoais divulgadas. Reportagem da revista Forbes contou que a falha acontece por meio de um mecanismo que relata pornografia ou nudez na página de contatos. Para realizar a façanha, o invasor denunciou Zuckerberg como se houvesse fotos inapropriadas em seu perfil. O Facebook respondeu ao aviso com uma mensagem que exibia as fotografias do álbum. A rede rapidamente corrigiu a falha, porém, o fato aquece as discussões sobre os problemas de segurança da rede (autoridades norte-americanas exigiram que a empresa tome medidas para evitar as violações de privacidade dos mais de 800 milhões de usuário da rede).

7- APPLE EXPULSA DESENVOLVEDOR POR REVELAR VULNERABILIDADE DA APP STORE

A Apple baniu Charlie Miller, analista de segurança campeão do concurso de hackers Pwn2Own (competição em que vence o mais rápido a invadir computadores), de seu programa de desenvolvimento do iOS. O especialista descobriu uma vulnerabilidade da App Store que permite a adição de códigos de origem desconhecida a aplicativos já aprovados pela companhia – e nocivos a qualquer iPhone, iPad ou iPod Touch. O que parece ter enfurecido a empregadora, contudo, foi o fato de Miller demonstrar publicamente um ataque do gênero. Mais irritado ainda ficou o analista, que criticou a Apple pela atitude, quando, afinal de contas, estava fazendo o seu trabalho. A empresa afirma que Miller violou o regulamento do iOS Developer Program License Agreement.

8- O DECLÍNIO DO MYSPACE

Quando Michael Jones, fundador da Userplane e ex-vice-presidente da AOL, topou encarar o desafio de recuperar o decadente Myspace, talvez acreditasse plenamente no relançamento de uma marca histórica da internet. Sob sua liderança, a empresa se reposicionou como um canal de entretenimento e introduziu uma nova plataforma tecnológica, com novos produtos e conteúdo reformulado. Mas, as coisas não aconteceram como Jones esperava. Em agosto, após a compra do MySpace pela Specific Media, ele entregou os pontos. O números de visitantes mensais do Myspace nos Estados Unidos, em outubro de 2008, era de 76,3 milhões; nos últimos dois anos, caiu para uma média de ummilhão ao mês. Ao compartilhar a sua experiência, o executivo reconheceu que dificilmente algo mudaria a imagem negativa que os consumidores têm da marca. Mencionou também a porta única de entrada e as mudanças organizacionais pouco radicais para tamanha transformação desejada.

9- “O QUE UM USUÁRIO DO BLACKBERRY DISSE AO OUTRO? NADA”

É preciso reconhecer que a RIM tem se esforçado para manter o prestígio e o peso da marca BlackBerry. Os últimos dois anos, porém, têm sido desafiadores. Nota-se pela piada que circulou na internet sobre as dificuldades dos usuários em acessar os serviços da fabricante. Em outubro, clientes na Europa, Oriente Médio, África e Índia observaram problemas na conectividade dos aparelhos BlackBerry. Pouco depois de afirmar que os serviços haviam voltado ao normal, a fabricante reconheceu que o problema se espalhara para Brasil, Chile e Argentina. Foram três dias sem acesso a e-mail e internet. A RIM reportou uma falha na infraestrutura de seu núcleo de computação. O ano terminou para companhia com mais um mico: o Playbook, anunciado como o primeiro sério rival do iPad. Em setembro, a companhia admitiu que as vendas do tablet ficaram abaixo do esperado no segundo trimestre fiscal - 200 mil unidades vendidas, metade do previsto.

10- GOOGLE BUZZ: O FIASCO DO ANO

Não caiu bem para o Google o fracasso do Google Buzz, criado para ser um concorrente direto do Facebook e, principalmente, do Twitter. No entanto, o fato é que a ferramenta nunca vingou. Em outubro, Bradley Horowitz, vice-presidente de produtos do Google, comunicou em blog o desligamento do serviço, a fim de concentrar os esforços no Google+. Junto com o Buzz, foram fechados o Code Search, o Jaiku (semelhante ao Twitter) e o Google Labs. Para a companhia, depois desse episódio, fazer o Google+ dar certo se tornou uma questão de honra.

FONTE: IT WEB


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