Os plugins ainda causam calafrios em muitas empresas, pois, quando desatualizados, costumam ter falhas exploradas por cibercriminosos. Um estudo da companhia de segurança Zscaler serve como mais uma evidência de que o problema persiste, já que muitos deles, de fato, não recebem os updates devidos.
A pesquisa apontou o Adobe Shockwave como o mais ignorado: em 94,2% das máquinas em que estava instalado, o programa se encontrava desatualizado. O Java, com 70%, ficou na segunda colocação, seguido pelo Adobe Reader (65,8%) e Quicktime (42,5%).
Mesmo os browsers não recebem o devido cuidado. Um quarto das máquinas possuía o Internet Explorer nas versões 6 ou 7, e apenas 2% das computadores usam a versão mais recente, a 9.
Por falar no navegador da Microsoft, ele é disparado o mais utilizado pelas companhias, respondendo por 58% do tráfego. O Firefox ficou em segundo (11%) e o Safari, surpreendentemente, em terceiro (7%). Os plugins, por sua vez, geraram 23% dos dados, o que torna a situação ainda mais preocupante.
Dentre eles, o Flash é mais popular, sendo encontrado em 94,4% dos computadores. O Windows Media Player vem em seguida, com 87%, à frente de Adobe Reader (84,7%) e Outlook (84,2%).
“Pelas estatísticas, é possível observar que a maioria das corporações tem pouco controle sobre os plugins que seus funcionários utilizam, ou mesmo a versão que executam”, diz o estudo.
Na comparação com a pesquisa anterior, realizada pela Zscaler no segundo trimestre deste ano, o Shockwave estava desatualizado em apenas um terço dos PCs, um terço em relação aos 94,2% descobertos agora. Isso sugere que os software que recebem updates com maior frequência passam falsa impressão de segurança: em geral, as companhias não conseguem acompanhar o ritmo.
Por fim, a pesquisa constatou um significativo crescimento no uso do Android no mercado corporativo. Em termos de plataformas móveis, ele ultrapassou o BlackBerry, que estacionou em 37,2%, chegando a 40,3% – o índice se refere à quantidade de dispositivos em que seu software de segurança foi instalado. O iOS, da Apple, ficou em terceiro, com 22,3%.
A aplicação 2.0 mais utilizada no período foi o Facebook, confortavelmente na liderança por ter gerado 50% do tráfego. Apesar da popularidade, no entanto, seu índice vem caindo nos últimos meses, o que pode significar tanto uma restrição das empresas, como perda de interesse dos usuários.
FONTE: CIO UOL