Nos recentes conflitos que aconteceram no Oriente Médio, Twitter e Facebook ficaram com a fama. Todavia, nos bastidores havia uma organização que estava e ainda continua fazendo um trabalho tão ou mais importante.
A Telecom Sem Fronteiras (TSF) segue os mesmos moldes da organização Médicos Sem Fronteiras. No entanto, em vez de assistência médica, fornece serviços de telecom – telefonia, satélites, antenas de celular, internet – para regiões afetadas por conflitos ou desastres naturais.
Ligada à ONU, a Telecom Sem Fronteiras foi criada em 1998, durante o começo do burburinho da internet comercial. É formada em grande parte por profissionais de TI.
Segundo a FastCompany, nesta semana, a TSF já entrou em ação na cidade de Sirte na Líbia, na tentativa de restabelecer a infraestrutura de telecomunicação, que foi praticamente destruída durante o conflito entre rebeldes e defensores do governo de Kadafi.
O trabalho da TSF deixa evidente que ter acesso à internet tornou-se uma necessidade tão urgente quanto a assistência médica. Aliás, com o acesso à rede, o serviço dos médicos e de grupos humanitários ganha outra logística.
Sem infraestrutura de internet, nem a mais popular plataforma online de comunicação (aka Facebook) consegue entregar os seus serviços para os usuários. Por aí se vê que quem controla a infraestrutura tem um grande poder em mãos.
Para entender melhor essa relação entre plataformas de redes sociais, infraestrutura e o trabalho daTelecom Sem Fronteiras, sempre vale a pena citar um conceito da área de TI e também bem comum da área de telecom.
A internet é uma plataforma com duas camadas – as aplicações ou websites (Twitter, Facebook, YouTube) e, abaixo dessa camada, a infraestrutura.
As aplicações vão e voltam. Hoje é o Facebook, amanhã será outra.
A infraestrutura, ao contrário, é bem menos volátil. Aliás, ela é responsável pelas características intrínsecas da internet – descentralização, device agnostic, convergir mídias.
Na realidade, Facebook, Twitter e Amazon são apenas as aplicações que, atualmente, melhor sabem tirar proveito dessas características da internet.
No caso, a Telecom Sem Fronteiras atua justamente nesta camada de base – na infraestrutura. Ela não dá remédio, mas supre uma das necessidades mais importantes – a comunicação.
Telecom Sem Fronteiras
FONTE:
Virta Blog