O País deve alcançar a marca de 30 milhões de acessos de banda larga fixa e móvel em 2011, dos quais 22 milhões serão de acessos fixos e móveis, 5 milhões via pacote de dados (smarthphones e tablets) e cerca de 2,5 milhões de acessos via pacotes pré-pagos. A estimativa é do analista de Telecomunicações da Consultoria IDC, Samuel Rodrigues, que apresentou . Ele apresentou os dados mais recentes da pesquisa BR Quartely Fixed & Mobile Broadband Database, referentes ao segundo trimestre deste ano, durante o evento IDC LA Infrastructure & Virtualization, realizado esta semana em São Paulo.
Segundo a pesquisa, no segundo trimestre de 2011 o País atingiu 20 milhões de acessos de banda larga, dos quais cerca de 10 milhões são realizados via ADSL e 5 milhões por modem 3G [não estão incluídos aí os smartphones, que alcançaram 3 milhões no trimestre]. O restante é distribuído entre tecnologias como acesso via cabo, wireless ou via satélite. Em igual período do ano passado, segundo informou Rodrigues, o País possuía 16 milhões de acessos.
“Atingimos [neste segundo trimestre] cerca de 20 milhões de conexões de banda larga fixa e móvel, um crescimento de aproximadamente 4% em relação ao primeiro trimestre do ano de 2011. A banda larga móvel segue em ritmo de crescimento superior à fixa e caminha para representar 30% do total de acessos de banda larga no País”, afirmou Rodrigues.
Embora a banda larga tenha um grande potencial de crescimento, em algumas regiões do País já é possível identificar alguma saturação de mercado. Isso já pode ser verificado em alguns bairros nobres das capitais, onde prevalecem moradores de classe A. “Nessas áreas, o acesso à internet já foi conquistado pelas pessoas. Nesses casos, o desafio não é mais vender acesso, mas apostar no seu upgrade”, afirma o presidente da IDC Brasil, Mauro Perez.
Segundo o executivo, para aumentar a base de clientes, o desafio das operadoras é encontrar pacotes que sejam atraentes para as classes sociais emergentes. Segundo ele, a maior parte da classe B tem um perfil semelhante ao dos que pertencem à classe A: já possuem acesso à internet e seriam potenciais consumidores de acessos mais velozes.
Para Rodrigues, o PNBL terá papel complementar na expansão do acesso à internet no Brasil e a entrada de pequenas operadoras que, eventualmente, poderão se beneficiar com o plano, não deverá alterar significativamente a oferta de serviços de banda larga no Brasil.
“Dependerá da estratégia de cada uma das grandes operadoras, que têm potencial muito maior de investimento em infraestrutura. Se fizer sentido fazer a última milha a partir do plano, elas vão fazer. Mesmo considerando um grande número de pequenas operadoras que poderiam entrar em regiões remotas, o volume que elas conseguirão atingir será muito menor do que o das grandes operadoras podem”, informou.
O analista da IDC destacou ainda uma maior oferta de serviços de banda larga mais velozes. “A velocidade que mais concentra usuários está nas faixas de 1 Mbps a 4 Mbps. Nos próximos trimestres, a tendência é que as faixas de velocidade maiores tenham maior crescimento. As de 5 Mbps e 10 Mbps, devem ter uma maior aceleração.”
Rodrigues também explicou porque o aumento da velocidade da banda larga não tem significado um aumento de preço por causa da disputa entre as operadoras para conquistar e manter suas fatias de mercado. “Há forte concorrência de preços. As operadoras estão querendo aumentar o número de clientes e reter sua base. A competição obriga as empresas, em algumas regiões, como São Paulo, a ampliar a velocidade e baixar os preços”, afirmou.
FONTE: CIO UOL