Embora tenham feito avanços importantes nos últimos anos, as infraestruturas de TI das grandes empresas brasileiras ainda não atingiram o nível de maturidade desejável. A conclusão é do estudo “Brazil Infrastructure Maturity X-Ray”, realizado pela Accenture, em parceria com a IDC, divulgado hoje (21/9), durante o evento “IDC LA Infrastructure & Virtualization”.
Em uma escala de 1 a 5, a média das empresas brasileiras foi de 2,7, revelando evolução em relação aos anos anteriores – no ano passado, a nota média foi 2,5 e em 2009 de 2,4. Mas ainda há potencial de melhoria para as empresas. Segundo o estudo, para alcançar a excelência esperado, as empresas passam por cinco níveis distintos: informal, repetível, definido, controlado e otimizável. Ao atingir o nível 3,0, ou “definido”, as empresas alcançam a maturidade mínima esperada.
Foram entrevistadas cerca de cem companhias de grande porte, segmentos financeiro, produtos de consumo, telecomunicações, indústria de base, saúde e setor público em agosto e setembro de 2011 e o estudo elegeu oito temas para fazer a avaliação da infraestrutura de TI das empresas: Green IT & Data Center, Segurança, Redes, Mobilidade, Investimentos em TI, Delivery, Suporte aos serviços e Governança.
Entre as áreas que mais avançaram está TI verde, cuja nota subiu de 2,5 para 2,7 e mobilidade, que elevou a nota de 2,7 para 3,0. Outros destaques foram áreas como Investimentos em TI, que também alcançou o nível 3,0. Houve aumento dos investimentos em processos de inovação e melhorias em TI. Os setores de mobilidade e investimentos em TI foram os únicos que chegaram à meta desejada, o nível 3.
“Nossa pesquisa apurou uma elevação no nível médio dos gastos discricionários - melhorias nos processos e iniciativas estratégicas -, que passou de 35% em 2009 para 40% em 2010 e chegou a 46% neste ano.”, disse o executivo sênior de Consultoria em Tecnologia da Accenture, Jesus Lopez Aros. Quem apresentou um recuo na pontuação foram as áreas “Delivery” e “Segurança”, ambos fechando com uma média de 2,5 em 2011.
Computação em nuvem
Outro destaque foi a relação das empresas em computação em nuvem. Houve evolução no número de empresas que adotaram o modelo, de 27% no ano passado para 37% neste ano, sendo que 28% adotou o uso de nuvens privadas, 6% nuvem pública e 3% ficaram o modelo híbrido. Já o percentual de empresas que está avaliando ou já possui planos definidos para utilizar nuvem caiu de 73% para 63%.
FONTE: Computer World