Uma tarefa muito difícil no momento de montar a loja virtual é definir a plataforma de e-commerce. Nem sempre o novo lojista tem um plano de negócios bem elaborado e não faz ideia das dimensões do novo negócio.
Como escolher a plataforma adequada sem ter ideia da capacidade de venda?
Realmente não é fácil. Mais difícil ainda é trocar de plataforma depois que a loja está vendendo. É quase como você tentar passar de um carro para o outro, em pleno movimento. É muito comum os lojistas começarem com uma ferramenta menor, sem flexibilidade e mais barata. No decorrer do negócio percebe-se que poderia vender muito mais se tivesse uma plataforma melhor, e, nesse momento, chega a hora da troca da plataforma.
Quando se inicia o processo de troca, é praticamente como se estivesse começando do zero, sendo necessário planejamento, pessoas especializadas e muito esforço.
Veja os pontos críticos deste processo:
1 - Gerenciar o projeto - Um dos pontos mais críticos, pois a troca da plataforma significa começar de novo, exigindo o gerenciamento como um novo projeto. É necessário entender quais as atividades e seus responsáveis, lembrando que sempre são várias empresas envolvidas.
2 - Migrar dados dos produtos - É, geralmente, um passo extenso e delicado, pois muito provavelmente os dados que estão na antiga plataforma não seguem o mesmo modelo para o cadastro da ferramenta nova. Neste momento será feito o trabalho de re–cadastro, análise das imagens e adequação do conteúdo.
3 - Migrar dados dos pedidos - Quase nunca é possível, muitas vezes devido às diferenças nos modelos entre as plataformas. Porém, se o lojista tiver um ERP integrado, esse problema é minimizado.
4 - Integração com a nova loja - Demanda tempo e dinheiro. Muitas vezes o lojista inicia a implantação de um ERP adequado ao negócio, fazendo assim com que a troca da plataforma se transforme ainda mais em um projeto complexo.
5 - Trabalhar a equipe - Aprender a lidar com os dados na nova ferramenta não é uma tarefa simples. Toda mudança gera um desconforto e aumento de trabalho.
6 - Acesso do cliente a essa nova loja - Ele precisa ser comunicado da mudança para minimizar o risco de estranhar sua primeira visita e não realizar a compra.
7 - SEO (Search Engine Optmization) – Dependendo da tecnologia da nova plataforma, será necessário começar do zero. Isso mesmo, tudo que estava feito na ferramenta anterior poderá se perder. É claro que com uma boa plataforma e com uma integração bem trabalhada, rapidamente será possível recuperar e melhorar.
8 - Por último, o ponto que geralmente gera mais conflitos: o alinhamento de expectativas - O lojista não imagina todo o trabalho que terá e se depara com todas as dificuldades citadas acima e, ainda, pode passar por um período de queda no faturamento, mesmo com consciência de que a nova ferramenta trará mais lucro a médio e longo prazo.
Na maioria dos casos em que as empresas querem manter ou acelerar seu crescimento, trocar para uma nova plataforma não é uma opção. Portanto, o ideal é fazer uma escolha assertiva desde o início de sua operação de comércio eletrônico para não ter que passar pelo trauma da troca.
FONTE: IDG NOW