Autor: Luciano Schilling
Em cinco anos, cerca de 40% das atuais empresas líderes de mercado em todos os segmentos terão desaparecido em função da chamada transformação digital. Por que? Porque hoje 75% delas ainda não se alinharam a esta tendência galopante e não definiram uma estratégia digital para seus negócios.
Não sou eu que estou dizendo. O dado é embasado em um estudo global promovido pelo Centro Global para a Transformação Digital dos Negócios, mantido pelo suíço Institute of Management Development (IMD) e pela norte-americana Cisco.
A falada transformação digital é uma realidade e não há mais tempo para se preparar para ela: é preciso adaptar-se a ela, nadar na maré em curso. Competitividade é sinônimo de sobrevivência em tempos como os da atual instabilidade econômica, e para ser competitivo é preciso aumentar produtividade, reduzir custo e gerar valor para o cliente.
A fórmula não tem nada de mágica: chegar a estes resultados pode ser bastante difícil, especialmente em meio a um cenário de crise, mas a tecnologia pode ser o agente facilitador mais acertado.
Primeiramente, o que causa ruptura nos negócios? Muitas vezes, a desconexão deles com eles mesmos. Uma empresa estratificada é uma empresa que não conversa, e a falta de ligação entre setores pode ser um problema bem grave, resultante em falta de padrão e assertividade nos processos, ausência de controle pela gestão e, na ponta, a inevitável consequência da perda de qualidade na entrega ao cliente.
Interligação, conexão, são palavras de ordens para negócios que quiserem se manter competitivos no cenário atual. A informação precisa circular e chegar às pessoas certas – todas elas. Tecnologias que permitam a interconexão da empresa são a chave para isso.
A boa notícia é que elas são abundantes. Soluções de Unified Communications permitem interconectar departamentos, filiais, canais, todo um universo com a economia que a telefonia comum não proporcionará. Dispositivos e aplicativos móveis permitem conexão e operação a partir de qualquer lugar, a qualquer tempo, além de trazerem a possibilidade do BYOD e CYOD, que podem melhorar a agilidade das comunicações e do trabalho dentro e fora do ambiente de trabalho, tudo com o bônus da segurança e controle garantidos por soluções de gerenciamento destes gadgets, como o MDM (Mobile Device Management).
Optar por uma ou por todas estas tecnologias é um passo certeiro em direção à meta da competitividade. Ser mobile ou contar com comunicações unificadas para falar mais ágil e economicamente com unidades de negócio é ser mais presente, ser mais presente é ser mais produtivo, ser mais produtivo é ser mais competitivo.
A computação em nuvem oferece outras boas alternativas. Melhorar a infraestrutura de TIC, ter espaço e desempenho suficiente para hospedar sistemas, e-mail, rodando perfeitamente, sem o ônus do alto investimento que a construção ou expansão de um data center próprio demanda é ouro em tempos como estes. Uma estratégia de cloud computing bem estruturada encorpa os negócios, trazendo mais performance, agilidade e conexão com economia e facilidade de controle da estrutura e de suas sempre possíveis evoluções.
Sem esquecer, é claro, da segurança. Tão importante quanto aderir às tecnologias que garantem transformação digital é investir em proteger toda a estrutura. A oferta de soluções para proteção e controle de dados corporativos é volumosa, cabe a cada empresa avaliar um fornecedor que consiga entender sua exata demanda e desenhar um ambiente de segurança compatível – já que contratar mais ou menos recursos do que o necessário significa não precaução ou economia, mas aumento de custo e risco.
Outro conceito bastante falado atualmente que merece atenção é a IoT, a Internet das Coisas. Pode parecer uma tendência distante da realidade das empresas, mas é notável seu avanço galopante, com cada vez mais fabricantes da indústria de TI lançando dispositivos e aplicações nesta linha, o que indica que bem mais cedo do que tarde ela estará permeando os ambientes corporativos tão normalmente quanto necessariamente.
Isto porque a IoT garante conectividade, ampliação da visibilidade e controle – questões que, como afirmado e reafirmado acima, compõem irremediavelmente o ambiente da transformação digital.
Uniffied Communications, mobilidade, cloud computing, IoT, permeados por soluções de gerenciamento e segurança, participam da construção de um ambiente de pessoas e negócios, colaboradores e clientes, necessidades e ofertas, empresa e mercado mais próximos, mais conectados.
A transformação digital é isso: um movimento e não um conceito, uma realidade mais do que uma tendência em estudo. Trata-se de olhar para o negócio de forma mais holística e buscar estruturas que tragam organicidade às operações. É inovação, e está em curso. Não há mais tempo para se preparar, já está aqui. Surfar na onda ou deixar-se arrastar – correndo o risco de afogar-se, neste segundo caso – é a única escolha em aberto.
FONTE: CIO