Autora: Ana Zamper
O mundo em que trabalhamos e vivemos mudou drasticamente. As tecnologias móveis e sociais agora são meios fundamentais para relacionamento e contato com as pessoas. Essa interação online cria fluxos imprevisíveis que dependem de recursos seguros e altamente disponíveis da computação, do armazenamento e de rede para lidar com o volume de dados gerados nos contatos.
Com essas informações, os consumidores e as organizações têm cada vez mais expectativas e enfrentam novos desafios. Os clientes esperam acesso à informação e respostas personalizadas a qualquer hora, em qualquer lugar e na velocidade da luz. Já as empresas demandam que a TI gere mais valor ao seu negócio, como economia e eficiência, assim como tenha a capacidade de converter dados em insights significativos na tomada de decisões e aprimorar a experiência do cliente. Com maior troca, acesso e transparência da informação, aumentam os riscos de segurança e privacidade, tornando essas algumas das principais preocupações atuais dos clientes e das companhias.
Segundo a IDC, a expansão da TI será impulsionada pela "terceira plataforma computacional", que é uma nova tendência tecnológica em que a computação em nuvem, aplicativos e dispositivos móveis, Big Data e redes sociais ditam as formas com que softwares e serviços estão sendo entregues. Até o final deste ano, US$ 175 bilhões (cerca de R$ 422 bi) devem ser investidos neste setor no Brasil.
Para as empresas de TI, esse cenário resulta no seguinte desafio: entregar soluções revolucionárias em Cloud Computing, Analytics, Social e Mobile. Também precisam impulsionar a inovação e o crescimento de negócios, mas os orçamentos estão cada vez mais enxutos. Como isso, a infraestrutura de TI agora faz toda diferença, não apenas para os sistemas e processos das empresas, mas para os resultados finais do negócio.
As conversas de hoje sobre infraestrutura de TI estão mudando. Questões tradicionais sobre velocidade de computação e confiabilidade continuam a ser importantes. No entanto, as inovações para tecnologia em nuvem, dispositivos móveis, mídias sociais e análise de dados estão modificando significativamente a discussão. Novos participantes dessas decisões estão sendo incluídos na conversa e não se restringem mais aos arquitetos de TI e chefes de data centers. Os líderes de negócio passaram a olhar mais de perto essa infraestrutura.
Além disso, com a tecnologia da informação cada vez mais no centro da organização, interrupções do sistema e falhas de segurança tornam-se destaques na imprensa com implicações para a imagem da empresa. Muito mais do que um diálogo sobre o gerenciamento de custos do sistema ou as opções de sistema operacional, a conversa sobre TI agora gira em torno de sucesso ou fracasso no mercado.
Para entender o que está acontecendo, o IBM Institute for Business Value, em conjunto com a Oxford Economics, entrevistou 750 CIOs, CTOs e executivos seniores de 18 países de vários setores para descobrir tendências de infraestrutura de TI. Enquanto os estudos feitos pela IBM com CEOs em 2012 e 2013 identificaram a tecnologia como a principal força externa que impacta a empresa, o estudo atual revela que as organizações de hoje não acreditam que sua infraestrutura de TI se manteve atualizada às crescentes demandas associadas com os avanços tecnológicos. Quase 90% das empresas não acreditam estar totalmente preparadas para adotar novas tecnologias como cloud e big data dentro de suas próprias organizações.
A pesquisa também aponta que mais de 60% dos líderes aumentarão seus gastos em infraestrutura de TI ao longo dos próximos anos. Os motivos para o investimento é reconhecerem que a infraestrutura de TI possibilita vantagem competitiva e que estão mais preparados do que seus pares.
Em tempos de cloud, analytics, social e mobile, a infraestrutura de TI é decisiva na estratégia de negócios, já que o mundo online passou a ser o principal terreno de interação entre empresas e toda sua rede de relacionamento.
FONTE: CIO