Autor: Luiz Alberto Ferla
A era digital vive sua maior ascensão desde a revolução tecnológica, ocorrida a partir da década de 90. Estamos vivendo a era dos dados, do Big Data. Plataformas de acesso à informação estão em constante evolução e o termo “multitelas” mostra a velocidade que os conteúdos são consumidos.
A transformação digital significa coisas diferentes para pessoas diferentes, e a comunicação segue o mesmo caminho, clamando para ser redesenhada sob uma nova lógica, com novos princípios, novos processos e uma nova maneira de dialogar – saindo do macro e focando no micro.
Se antes os comentários sobre as notícias da TV eram feitos na mesa de jantar, hoje, ao mesmo tempo em que são assistidas, as notícias são compartilhadas e comentadas via redes sociais. Perfis distintos se relacionam, provocam discussões e deflagram movimentos em um cenário de quase 120 milhões de internautas brasileiros. Esses dados se proliferam em todos os campos, em grande ou pequeno volume, e são significantes de alguma forma podendo apresentar descobertas importantes. Identificar a opinião e o comportamento de cada pessoa é o grande desafio.
E este é o autoquestionamento dos líderes: como identificar um rosto na multidão? Em um mundo de informação focada somente para a massa, palco de alta competitividade, é necessário saber identificar as pessoas, os influenciadores e os grupos, entender como elas interagem e compartilham suas opiniões. Falar o que elas querem ouvir, produzir o que necessita ser consumido, identificar tendências e mudar hábitos.
Big Data e os negócios
O estudo Visual Networking Index, divulgado no Brasil pela Cisco, apontou que o tráfego de dados online no país em 2018 será o dobro do que foi em 2013, o que comprova a ascensão de transmissão de informações entre os internautas. Ainda, segundo a pesquisa, até 2018 o Brasil terá 142 milhões de internautas que estarão conectados por meio de 645 milhões de dispositivos com acesso à internet.
E para atuar neste cenário, o fenômeno do século 21, o Big Data – expressão usada para denominar uma grande quantidade de dados que necessitam de ferramentas inteligentes capazes de lidar com seu grande volume, variedade e velocidade – promete transformar informação relevante em valor para as empresas e pessoas.
A tecnologia evolui mais rapidamente do que a capacidade natural das pessoas em lidar com as mudanças. E isso demonstra que o futuro será promissor para quem aprender mais sobre a relação entre tecnologia e comportamento das pessoas.
Para a maioria das empresas isso é novo, e o desejo ou reconhecimento de mudar muitas vezes excede a capacidade de fazer, o que pode significar danos irreparáveis. É preciso mais para trazer a mudança, é preciso somar os conhecimentos digitais e, com pensamento estratégico, identificar a melhor forma de utilizá-los.
O sucesso pertence às empresas que confrontam dados e conexões para compreender o comportamento, que mapeiam as preferências, redefinem jornadas e provocam a transformação. Pertence a quem, em vez de questionar “Como as pessoas são influenciadas?, pergunta: “Como e por meio de quem elas se transformam em influenciadoras?”. E para isso, a tecnologia e os dados precisam conectar pessoas e grupos de interesse.
FONTE: CIO