A vida digital dos consumidores mudou do PC para a Nuvem Pessoal e esse movimento levará a um novo tipo de interação entre as pessoas e seus serviços conectados. Os consumidores vão interagir com múltiplos aparelhos conectados e ativados por sensores, conduzidos por aplicações e serviços que criam ecossistemas conscientes, independentes de plataformas ou sistemas operacionais.
“A Computação Consciente aprimora o dispositivo conectado e os serviços de Nuvem Pessoal, permitindo uma atividade de integração perfeita ligada a aparelhos “invisíveis” e ativados por sensores, otimizados para um determinado conjunto de funções. Os dados e informações podem ser vinculados a outros serviços, pelos ecossistemas, plataformas e sistemas operacionais maiores”, explica Elia San Miguel, analista do Gartner.
Os dispositivos invisíveis e conscientes vão desde relógios de pulso, porta-chaves, termostatos e sapatos e são o equivalente digital de uma propriedade que pode se tornar extraordinariamente valiosa para o usuário quando ligada a serviços próprios para ampliar o seu uso. Embora as ideias por trás dos atuais dispositivos conscientes estejam presentes há mais de uma década, a tecnologia “para vestir”, como a dos relógios inteligentes, na maioria das vezes, não ganha força junto ao consumidor.
Isto acontece devido aos altos custos, o baixo valor percebido, a ênfase na tecnologia sobre a forma e a necessidade de existirem como produtos autossuficientes e serviços que não podem se ligar a um ecossistema/plataforma maior.
“Os serviços e ecossistemas de nuvem pessoal são o centro da experiência do consumidor digital. Combinados com conexões cada vez mais onipresentes, os aparelhos conscientes oferecem novas oportunidades de conduzir à adoção de novos dispositivos, aumentar serviços de nuvem pessoal e agir como um ponto de inflexão para a adoção da plataforma do consumidor. Na medida em que os novos aparelhos digitais ficam menores, conectam-se a aplicações de automação residencial e de aptidão pessoal e aumentam a funcionalidade do usuário, teremos um crescimento do uso de múltiplos dispositivos nos lares”, diz Elia San Miguel.
A computação consciente é uma evolução natural de um mundo conduzido, não por dispositivos, mas por coleções de aplicativos e serviços que se ampliam, por meio de múltiplas plataformas, e existem fora de telas conectadas, como telefones, tablets, PCs ou TVs.
Como resultado, as aplicações não precisam ser ligadas/desligadas e fornecem grande quantidade de informações relevantes que pode, eventualmente, levar a uma mudança comportamental. Os consumidores não precisam adotar ou se comprometer totalmente com uma plataforma ou serviço. Podem adotá-los por meio de interação a longo prazo, compras funcionais ou tarefas de curto prazo.
“Uma das características da computação consciente é que os dispositivos que levam o conhecimento caem em um chamado ‘espaço invisível’. Definimos como uma combinação de aparelhos e serviços unidos para formar uma experiência que não se consegue perceber no dia a dia. Na prática, os consumidores esquecerão que carregam o aparelho até que precisem interagir com ele para controlar ou obter um retorno, em termos de dados ou de informação”, diz a analista do Gartner.
FONTE: IDG NOW