2012 parece ter sido um ano importante para a indústria fonográfica. A notícia de que este foi o primeiro ano desde 1999 que está indústria registrou aumento na receita demonstra que há um futuro diferente para todos que vivem da música. O crescimento ainda é pequeno, cerca de 0,3% em relação ao ano interior, mas ao menos não é um número negativo, como ocorria nos outros anos.
Esta notícia está diretamente ligado a uma recente pesquisa que apontou uma diminuição de 17% dos jovens que pirateiam arquivos na internet através de redes P2P (peer to peer). O que antes era comum, , hoje mostra que a pirataria pode sim ter um “fim“. Bom, ela nunca vai acabar, mas a chegada de serviços de streaming como o Rdio, Spotify e outros tem ajudado as pessoas a perceber que talvez não vale a pena baixar conteúdo pirata, gastando tempo, arriscando a integridade do seu sistema e correndo o remoto risco de ser processado pelas grandes corporações.
O auge do download ilegal foi em 2005, quando 20% dos americanos com mais de 13 anos eram adeptos da prática. Em 2012, esse número caiu para 11%. Aquela velha história de pegar um CD original (desses feitos por uma gravadora, com encarte e capinha, lembra?), e gravá-lo em um CD virgem, muito comum até pouco tempo, caiu ainda mais: 44%. O estudo foi feito pela NPD, empresa especializada em pesquisa de mercado.
De fato os serviços de streaming estão mudando a forma como consumimos conteúdo e como encaramos a pirataria. Já temos músicas, filmes, seriados e diversos outros conteúdos através de streaming e planos mensais.
Uma luz que demorou 14 anos para aparecer no fim do túnel
A última vez que a indústria fonográfica cresceu foi em 1999. Depois de anos de temporadas catastróficas, 2012 trouxe a redenção: o crescimento veio novamente. "Só" 0,3%, é verdade, mas quem se importa? É como um paciente em estado terminal que, em seus últimos dias de vida, recebe a notícia de que a doença finalmente regrediu.
Pra se ter uma idéia, em 1999 o lucro das gravadoras e distribuidoras foi de 27,8 bilhões de dólares. Ano passado foi quase a metade disso, 16,5 bilhões. Desse total, 1/3 corresponde às vendas digitais (aliás, não faz muito mais que um ano que o comércio digital de música ultrapassou as vendas físicas). Um dos fatores que justificam um possível otimismo dos executivos é a popularização do iTunes, por exemplo. Até outro dia, ele estava em não mais que 20 países – agora já são mais de 100.
Isso tudo não quer dizer que "as grandes gravadoras venceram a batalha contra a pirataria" (o próprio termo pirataria é um equívoco, já que, ao contrário dos piratas, quem baixa uma música não está roubando nada: o original fica intacto - é uma questão de compartilhar, não de roubar). É apenas um sinal de que as grandes e mais importantes inovações tecnológicas dos últimos anos estão sendo, beeeem lentamente, incorporadas pelas companhias que passaram décadas vivendo somente de disquinho em prateleira.
Mas ainda é cedo para comemorar, pois cerca de 2/3 da receita da indústria fonográfica ainda vem de mídias físicas. A venda de músicas em formato digital cresceu 9% em relação a 2011, mas ainda assim está longe de sustentar a indústria sozinha.
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FONTE: Midiatismo