Enquanto as pessoas buscam “conexões” e constroem contatos no LinkedIn, a popular rede para profissionais de negócio, alguns usuários refletem sobre a qualidade de seus contatos versus o número de conexões que fazem. De acordo com usuários frequentes e analistas de redes sociais, escolher o melhor critério para estabelecer uma conexão pode, no longo prazo, determinar o valor que você extrairá do LinkedIn.
De acordo com Jonathan Yarmis, vice-presidente da HfS Research, um usuário do LinkedIn pode (conscientemente ou inconscientemente) decidir aplicar totalmente a lei de Metcalfe – o efeito da rede, cuja premissa é a de que o valor da rede é proporcional ao número de usuários do sistema. Isso é especialmente tentador para usuários de redes sociais.
Mas, de acordo com especialistas, a lei de Metcalfe não deveria necessariamente ser empregada por usuários do LinkedIn.
“Aceito quase todas as pessoas no LinkedIn que não são spams porque isso aumenta o alcance da minha rede”, diz Yarmis. “Desde que eu não esteja compartilhando um monte de informações, não há problema. Meu filtro são: Algum dia eu posso querer saber onde você está? Você pode acrescentar algum valor a mim??”
Mas em geral, para as redes sociais de hoje, Yarmis diz que a lei de Metcalfe, que foi baseada na Ethernet e não na Web, não funciona de modo efetivo. Isso é especialmente verdade no Facebook, onde a informação é mais pessoal que no LinkedIn.
Justin Smith, fundador da Inside Network, concorda. Ele nota que a lei de Metcalfe pode não se aplicar literalmente porque “ao adicionar uma pessoa à sua lista de contatos você não necessariamente abre um canal que antes estava fechado; apenas perde as restrições de privacidade.”
“Sites como o Linkedin permitem aos usuários aumentarem a qualidade das conexões entre usuários criando algumas restrições menores para cada amigo”, diz ele. “Isso maximiza o valor de cada conexão ao permitir maior troca entre contatos confiáveis e o contrário também.”
No LinkedIn, os contatos proveem, em sua maior parte, informações profissionais, o que torna as conexões menos arriscadas – e mais benéficas.
Até onde você pode levar isso?
Bill Austin, um especialista em internet, tem milhares de contatos no LinkedIn, diz que a forma como as pessoas se conectam é determinante para traçar o seu perfil.
Primeiro, há aqueles que apostam apenas no efeito da rede (mais é melhor), e se conectam com qualquer um em qualquer lugar.
Outros, ele diz, querem manter suas redes muito limitadas insistindo em conhecer cada uma das pessoas bem, profissionalmente ou pessoalmente. “Eles todos fizeram a mesma faculdade ou frequentam o mesmo café e fazem negócio entre eles”, diz Austin. “Só se conectam com quem eles conhecem ou com quem fazem negócio”.
Existem ainda os usuários híbridos, que não precisam conhecer o contato pessoalmente, mas requerem uma requisição para estabelecer o contato. Esses usuários, diz Austin, tendem a apertar o botão "eu não conheço essa pessoa quando receberem requisições no LinkedIn”.
Austin recomenda fazer conexões de forma liberal, desde que a pessoa tentando se conectar a você não pareça um spam. Ele desencoraja o uso do botão “esse eu não conheço”, já que você conhece mais gente do que pensa conhecer.
Por exemplo, se fizer uma apresentação para cinqüenta pessoas, e uma delas pedir para se conectar com você no LinkedIn, seria muito chato não dar valor e ela ao dizer que não a conhece.
De acordo com Yarmis, tudo depende da rede (e das pessoas que estão nela). Ele nota que “o valor de uma rede depende da interação das pessoas com certas qualidades, em um bom número e boa interação.
Veja quatro maneiras para aprimorar seu perfil no LinkedIn e reacender o relacionamento com suas conexões.
1. Inicie um grupo no LinkedIn
Existem milhares de grupos no LinkedIn para participar e você provavelmente pertence a um bom número deles. Mas, em 2013, Nicole recomenda tentar algo diferente: criar um grupo dedicado a perseguir objetivos profissionais.
"Lembre-se de que junto com o grupo, há certa responsabilidade. Envie uma mensagem para seus contatos e diga que você tem uma nova meta na carreira e gostaria que eles participassem do grupo", ensina. "Use o espaço para debater ideias para o sucesso profissional e discutir temas como desafios e falhas. Seus contatos vão gostar que você está tomando a iniciativa", recomenda.
Criar um grupo no LinkedIn é uma tarefa simples. Vá até a guia “Grupos” e selecione “Criar um grupo”. Preencha o formulário que pede para fazer upload de um logotipo, decidir sobre um nome e, em seguida, adicione uma descrição resumida, além de permissões de acesso. O grupo pode ser aberto a qualquer pessoa ou pode ser acessado apenas por convidados.
2. Seja o espelho de alguém que admira
Se você sabe onde está em sua carreira e onde quer chegar nos próximos anos, mas não tem certeza de como chegar lá, Nicole sugere encontrar alguém no LinkedIn que admira. Olhe seu perfil e acompanhe sua trajetória.
"Você não quer reinventar a roda quando se trata de trajetória. Sendo assim, identifique três ou quatro pessoas que estão passos à frente de você e chegue até eles", explica. "Digamos que você admira o trabalho deles e que eles estão fazendo algo que você quer fazer. Eles possivelmente podem responder perguntas que você tenha.”
Quando estiver conectado com essa pessoa, verifique suas atualizações para ver que tipos de artigos ela lê, qual universidade estudou, a quais grupos pretence e suas conexões, recomenda.
3. Atualize seu perfil
Reserve algum tempo para analisar o seu perfil, preencha todos os espaços em branco e atualize as informações, diz Nicole. Dê atenção especial ao perfil e à experiência de trabalho anterior.
Foto do perfil: um perfil com foto tem sete vezes mais chances de ser visto, destaca Nicole. Mas a foto tem de refletir uma energia positiva. "Certifique-se de que você está sorrindo e tem vida nos olhos. Uma imagem que certamente não é a mesma que a do seu passaporte”, brinca.
Experiência de trabalho anterior: se você incluir apenas a experiência profissional mais recente no perfil do LinkedIn está fazendo um desserviço a si mesmo, comenta Nicole. Certifique-se de preencher o perfil com toda a experiência e habilidades relevantes.
"Seu perfil do LinkedIn deve ser o oposto de seu currículo, que é onde o profissional normalmente lista a experiência mais recente de trabalho," diz Nicole. "Para contratar gerentes é preciso pesquisar seus últimos dez anos da trajetória profissional. Assim, se seu perfil não tem informações de longa data, você pode perder oportunidades”, alerta.
Mesmo que você não considere que uma experiência do passado seja relevante para o que está fazendo hoje, não a descarte do perfil, prossegue. "Nunca se sabe se passado vai ser de interesse para um recrutador. Coloque o máximo de informações para ter certeza de que você é identificável e pode ser rapidamente encontrado", diz.
4. Estabeleça novas conexões
Quando se trata de conexões no LinkedIn, indica Nicole, você deve ter ao menos 50 pessoas. Ao alcançar a marca de 50, é possível tirar melhor proveito dos relacionamentos, que são conexões de segundo ou terceiro grau.
"Estabeleça conexões significativas", destaca. Por fim, ela também recomenda estabelecer constantes diálogos com as conexões que você já tem. "Reconstrua um relacionamento e envie um artigo que você leu e gostou", exemplifica. "É importante manter essas conexões no caso de precisar delas mais tarde”, finaliza.
FONTE: CIO UOL