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N o t í c i a s

21/11/2012
Cinco mitos sobre a nuvem privada

O “hype” em torno da computação em nuvem privada está criando percepções erradas sobre as tecnologias de cloud computing, afirma o Gartner. O crescimento da nuvem privada está sendo influenciado pelo aumento de sua oferta, pela rápida expansão da virtualização e pela pressão por implantações rápidas e baratas de TI.

“As áreas de Tecnologia da Informação têm que tomar cuidado para evitar o “hype” e devem concentrar os esforços na computação em nuvem privada que agrega valor ao negócio”, diz Cassio Dreyfuss, chairman do Gartner Symposium ITxpo 2012, que trata do assunto a partir desta segunda-feira, em São Paulo.

Confira cinco realidades sobre a nuvem privada, segundo o Gartner:

1. Nuvem privada não é virtualização

A virtualização facilita a reunião e realocação de recursos de infraestrutura de maneira dinâmica (servidores, desktops, storage, redes, middleware etc.). Pode ser realizada de outras maneiras como, por exemplo, com máquinas virtuais, sistemas operacionais ou contêineres de middleware, softwares de abstração de storage, de computação em grid e ferramentas de escala horizontal e cluster. A computação em nuvem privada aproveita a virtualização para criar um serviço e é usada apenas por uma empresa. Também pode ser compartilhada com outras companhias, mas deve garantir o completo isolamento desta organização em relação às demais.

2. A nuvem privada não significa só redução de custos

As empresas podem reduzir custos com a nuvem privada quando eliminam tarefas repetitivas para serviços padrão. Este tipo de cloud computing pode realocar recursos de maneira mais eficiente para atender aos requisitos organizacionais, reduzindo custos de capital para hardware. Mas, a nuvem privada requer investimentos em software de automação e a economia não deve justificar o custo. Os benefícios da automação e medição ligadas à sua utilização são a agilidade, a rapidez de comercialização, as habilidades de dimensionamento de uma demanda dinâmica e de experimentação da unidade de negócios.

3. A nuvem privada não é, necessariamente, instalada localmente

Este tipo de computação em nuvem é definida por privacidade, não por locação, propriedade ou responsabilidade do gerenciamento. Enquanto a maioria das nuvens privadas é instalada localmente (baseadas na evolução dos investimentos existentes em virtualização), uma porcentagem crescente será terceirizada e/ou não instalada localmente. As nuvens privadas de terceiros terão uma definição mais flexível de “privacidade”. Deverão compartilhar as instalações de Data Center, os equipamentos ao longo do tempo (a partir de um conjunto de recursos disponíveis) e recursos, mas sempre isolados por redes privadas virtuais (VPNs).

4. A nuvem privada não é apenas Infraestrutura como Serviço (IaaS)

A virtualização de servidores é uma grande tendência e, portanto, um importante elemento para a computação em nuvem privada. Porém, ela não se limita a IaaS. Por exemplo, com ofertas de desenvolvimento e testes permitindo uma Plataforma como Serviço (PaaS) de alto nível, elas fazem mais sentido do que um simples serviço de máquinas virtuais. Hoje em dia, o IaaS é o segmento que mais cresce em cloud computing. Ele fornece o menor nível de recursos de data center em termos de facilidade de consumo e não muda a forma como a TI é feita. Os desenvolvedores usarão PaaS para criarem novas aplicações projetadas para a nuvem, que produzem novos serviços, diferenciando-se quando comparadas às antigas.

5. A nuvem privada não será sempre privada

Os analistas do Gartner afirmam que a nuvem privada é uma “medida provisória”. Ao longo do tempo, a nuvem pública irá amadurecer, aprimorar os níveis de serviço, de segurança e gerenciamento. Além disso, surgirão novos serviços voltados a requerimentos específicos. Algumas nuvens privadas se moverão completamente para a nuvem pública. Entretanto, a maioria de suas capacidades evoluirá para permitir a cloud híbrida, expandindo a capacidade efetiva da nuvem privada de alavancar serviços da nuvem pública e recursos de terceiros. Por ter começado pela nuvem privada, a TI está se posicionando como uma “corretora” para todos os serviços oferecidos à empresa, sejam eles privados, públicos, híbridos ou tradicionais. Uma nuvem privada que evolui para a híbrida ou pública pode reter a propriedade do seu autosserviço e, consequentemente, retém o cliente e a interface. Esta é uma parte da visão para o futuro da “TI híbrida”.

FONTE: CIO UOL


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