Tenho para mim que nossa postura e nossas interações na “vida digital” devem ser iguais às que fazemos na “vida real”. Esse “lema” eu carrego comigo desde a primeira vez que acessei a internet, em algum dia de junho de 1996. Naquela época, apenas uma meia-dúzia de amigos tinha acesso à internet. 15 anos depois, o cenário é outro. O acesso está se popularizando, a produção de informação e conteúdo é incalculável e milhares de interações são feitas online. Isso é muito bom, mas mais do que nunca, traz a necessidade de fazermos uma gestão consciente e prudente de nossa presença digital. As empresas também estão preocupadas com a sua própria presença online e isso envolve capacitar seus empregados para terem uma experiência mais agradável e proativa nas redes sociais.
Queria compartilhar meus pensamentos sobre esse tema com vocês, baseado no que vi ao longo desses 15 anos como usuário frequente da internet.
Devemos participar de todas as redes sociais?
Assim como não devemos ir a todas as festas que somos convidados, não acho que a presença em todas as redes sociais seja obrigatória. O principal é sentirmos confortáveis dentro do ambiente onde estamos. Se você quer somente compartilhar fotos e novidades com seus parentes e amigos, use o Facebook. Pode ser que você também queira saber de notícias em primeira mão, nesse caso ter uma conta no Twitter também é uma boa opção. As possibilidades são várias. Para os que gostam de produzir conteúdo: blogs. Para os fotógrafos (profissionais ou não), o Flickr.
Todas essas redes oferecem possibilidades amplas de interação e conexão e devemos saber utilizá-las ao nosso favor.
Sobre abordagem e postagem
Este talvez seja o tópico mais extenso do que tenho para falar. Aqui, a palavra de ordem é Bom Senso. Você ficaria com peso na consciência após postar alguma coisa? Se sim, então é melhor pensar duas vezes e não fazer essa ação. Já falamos disso mais cedo, mas não custa repetir. Via de regra, nossos perfis virtuais são extensões do mundo real. E ainda temos um agravante: Permite múltiplas interpretações. Não raro, uma ironia é mal interpretada e isso significa gerar um mal estar. Ser claro é fundamental.
Outro ponto é saber que as pessoas te acompanham nas redes. Cabe um caso: Certa vez, ouvi a história de uma moça que ligou cedo para o trabalho, falando que tinha passado todo o fim de semana na cama, com febre, dores etc. Uma hora depois, seu álbum em uma dessas redes, batizado “Causando no fim de semana”, estava recheado de fotos. Um problema duplo: Fotos que não deveriam estar na rede e, o pior, uma mentira. Além disso, falar mal da empresa em que você trabalha ou de um colega de trabalho então, nem pensar. Não caia na ingenuidade de achar que ninguém está lendo.
Não estamos nos relacionando em um ambiente sem lei. Pense antes de compartilhar. Uma simples pesquisa no Google já é útil para saber se uma história é verídica ou não. Quer outro exemplo? Lembram-se da notícia daquele casal paulistano que deu o nome de Facebookson para seu filho? Muitas pessoas compartilharam a matéria sem prestar atenção na fonte, um site de humor chamado Sensacionalista, famoso por suas notícias falsas.
Também não poste conteúdo ofensivo, seja ele qual for. E toda vez que você ler algum conteúdo dessa natureza, faça a denúncia através dos canais especificados nas redes.
Além disso, seja educado, tal qual na vida real. Todos os dias lemos postagens com pontos de vista contrários ao nosso. Discutir, argumentar e trocar ideias é sempre saudável. Mas fica ainda mais saudável se feito com respeito e educação. Ninguém gosta daquele colega que é grosso e “espanta bolinho” nas reuniões de amigos. Não seja um deles nas redes sociais. É possível ter opinião sem a necessidade de grosseria. Lembre-se, em uma discussão, quem está de fora não sabe quem está certo e quem está errado.
Segurança e informação
Finalmente, não dê todas as suas informações. Conhecer pessoas através da internet é sempre interessante, mas seja cuidadoso. Procure ter certeza de que essa pessoa é realmente “de verdade”. Além disso, não compartilhe seu endereço, telefone, local de residência ou trabalho com pessoas estranhas. Saiba que alguns sites vendem seus dados e isso está discriminado (em letras minúsculas) nos Termos de Serviço. Procure entender também o mecanismo de publicação dessas redes. Várias delas permitem que você compartilhe informações e publicações com determinados grupos.
FONTE: Blog CiaTech