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N o t í c i a s

24/10/2012
2013 vai ser um ano duro para a Microsoft, afirma Forrester

À medida que a Microsoft lança e inicia as entregas do Windows 8 para os OEMs, e tenta estabilizar o rápido declínio na sua participação de mercado de sistemas operacionais para dispositivos pessoais, ela desenha um ano de 2013 duro, muito duro, afirma a Forrester. “Mas este é um movimento crucial para a Microsoft”, disse Frank Gillett, analista da consultoria e líder do estudo “Microsoft: The Next Five Years”, que projeta o desempenho da companhia nos próximos cinco anos.

Ao agrupar os PCs tradicionais, os tablets e os smartphones em uma categoria chamada "dispositivos pessoais" traçar o histórico da Microsoft no mercado de sistemas operacionais de 2008 até agora é possível ver claramente que a fatia da empresa encolheu de 95% para 30% .

O crescimento explosivo de smartphones, especialmenrte após o lançamento do iPhone pela Apple, em 2007, e o atual crescimento do tablets, segmentos de mercado onde a Microsoft não tem tração, justificam esse declínio e a tentativa de posicionar o Windows 8 como o salvador da pátria.

Combinado com o declínio da venda de PCs, esse cenário fará com que, na opinião da Forrester, a Microsoft mantenha essa quota de 30% de partipação até 2016.

"A Microsoft vai perder participação incremental, entre agora e 2016, e se estabilizar em 30%", disse Gillett. "As vendas unitárias vão aumentar e, em 2016, serão maiores que agora, em termos de quantidade de usuários. Mas a companhia terá muita dificuldade para recuperar o terreno perdido", diz Gillett.

“O crescimento de tablets e smartphones ajudará a compensar as perdas incrementais PC [para a Microsoft] até 2016, ela não pode conseguirá crescer muito mais sem uma presença mais forte nos smartphones “, afirma o estudo. Para manter essa participação de 30% – baseada no domínio de um quarto de todas as vendas de tablets em 2016 – a empresa tem de fazer vingar o ambicioso Windows 8, em todas as suas versões, a curto e longo prazos.

Gillett aposta nesse cenário. Mas a transição será bastante acidentada, argumentou, e não produzirá muitos frutos até 2014.

O calcanhar de Aquiles da Microsoft é o mercado de smartphones, segmento no qual tem uma participação muito pequena atualmente, e pelas estimativas da Forrester, não terá mais do que 14% em 2016. “Os smartphones são o elo mais fraco”, disse Gillett.

Nos tablets a Forrester prevê a conquista de uma fatia de 27% em quatro anos. E nos PC tradicionais a empresa manterá uma quota de quase 90%.

O analista classifica o Windows 8 como “ousado”, “original” e “impressionante”. “A reforma mais radical desde a substituição do DOS pelo Windows original”, afirma.

No entanto, vê o próximo ano como especialmente difícil para o fabricante. Os clientes terão de adaptar-se às novas interfaces de usuário (UI), os programadores terão de superar as dificuldades de escrever aplicações ou rescrever software antigo para o “moderno” ambiente do Windows 8.

Além disso, com a excepção de pequenas compras para testes em tablets, as empresas vão ignorar bastante os sistemas operacionais. E os clientes, disse Gillett, ficarão inicialmente confusos com as quatro arquiteturas diferentes – x86 e ARM, tanto para tablets como para portáteis, podendo adiar as suas decisões de compra e prolongar os períodos de avaliação sobre o Windows 8. Esses fatores, deverão apresentar grandes desafios à Microsoft, aos seus parceiros OEM e aos grandes varejstas.

Primeiro passo da mudança da Microsoft

O tempo, entretanto, deverá curar algumas feridas. Por exemplo, Gillett acredita que a Microsoft e os seus parceiros terão de passar por várias iterações na forma como o Windows 8 seduzirá os clientes antes de acertarem.

Os equipamentos previstos para o próximo outono, com novos processadores da Intel, deverão trazer benefícios significativos no consumo de energia . Mas outros problemas exigirão ações específicas por parte da empresa ao longo dos próximos cinco anos.

“A transição para o Windows 8 é simplesmente o primeiro passo da transformação da Microsoft”, defende a Forrester.

FONTE: CIO UOL


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