Uma pesquisa aponta que 60% dos adultos e adolescentes que usam tecnologia móvel acham que os usuários publicam bem mais do que deveriam, como fotos impróprias, opiniões que ninguém pediu e detalhes da vida que não interessam a ninguém. O estudo foi encomendado pela Intel em oito países, entre eles o Brasil.
“Amamos a nossa tecnologia porque ela nos conecta e nos dá um veículo de expressão, mas ao mesmo tempo sentimos que há certo exagero de informação”, opinou a porta-voz da Intel, Jessica Hansen.
Quase a metade dos 7.087 adultos e 1.787 adolescentes que responderam à pesquisa se mostrou insatisfeita com o excesso de informações.
Cerca de 90% dos participantes gostariam de que as pessoas pensassem mais sobre o que estão postando e como será a recepção. Apesar de muitos reclamarem do excesso, poucos assumem uma parcela de culpa nisso.
“Achamos que os outros compartilham muitas informações, mas ao fazer uma autoavaliação, claro (…) que não estamos entre os que publicam demais”, acrescentou a porta-voz.
Verdadeiro ou falso
A maior reclamação entre os australianos são os detalhes irrevelentes que as pessoas publicam sobre a própria vida. Na Indonésia, é o uso de linguagem chula. Os norte-americanos não toleram quem vive se queixando da vida.
A maioria dos entrevistados acha as pessoas revelam informações demais e que boa parte não é verdade.
No Japão, cerca de 30% dos adultos admitiram já ter divulgado informações falsas e 55% reconheceram que na internet agem diferente. Nos Estados Unidos, 19% assumiram já ter mentido online.
A maioria das pessoas usa a tecnologia móvel para expressar opiniões e se comunicar com amigos e familiares. Na maior parte do mundo, os usuários o fazem uma vez por semana, mas no Brasil, China e Índia metade faz atualizações todos os dias.
Quase metade dos brasileiros troca informações sobre esportes, mas na China, França e Japão o tema costuma ser notícias e opiniões.
Para 41% dos franceses, fazer revelações pela internet é mais fácil do que pessoalmente. Brasileiros e franceses reclamam que as pessoas não têm boas maneiras na rede.
A pesquisa entrevistou usuários na Austrália, Brasil, China, EUA, França, Índia, Indonésia e Japão.
FONTE: Blogs Estadão