O pacote “TI Maior”, desenvolvido pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) tem como objetivo dobrar a receita anual do mercado de TI do Brasil, hoje em cerca de 100 bilhões de dólares, até o ano de 2022.
O pacote trará investimentos no valor de 486 milhões de reais para incentivar a indústria de tecnologia, a formação de startups e o crescimento do mercado de software no Brasil.
E para fomentar o mercado de startups o governo irá disponibilizar 40 milhões de reais com o objetivo de acelerar o crescimento de 150 empresas deste porte até 2014. Deste investimento, 25% serão destinados a startups internacionais localizadas no Brasil.
“Claro que se houvesse mais dinheiro, melhor. Mas com o governo entrando na jogada ajuda muito. O financiamento de verdade virá de fora, mas o governo acaba encorajando outros a participarem”, afirma Mário Almeida, gestor da Associação Brasileira de Startups (ABStartups).
Segundo Almeida, o percentual de 25% para startups estrangeiras é correto e possibilitará um intercâmbio ainda não existente em nosso país. Porém, ele ressalta que os detalhamentos para esses investimentos serão definidos por um grupo de discussão durante as próximas semanas.
“O anúncio por si só já criam um norte para o mercado, pois antes estávamos por conta e risco. Mas o grande mote desse programa será a participação para definir as estratégias e permitir o lançamento oficial do projeto para startups em meados de outubro”, aponta Almeida.
De acordo com a ABStartups, com este programa será possível criar conexões com fundos, entidades de pesquisas, aporte de mercado e maior participação do governo com soluções inovadoras.
A troca de experiências também é citada por outros especialistas que apontam essa estratégia como primordial para fazer uma startup crescer e competir com empresas maiores e já estabelecidas no mercado.
“A teoria já nos mostra que podemos, como um país emergente, crescer muito importando tecnologias, modelos de negócio, etc. Esse fluxo apoiado pelo governo pode ser riquíssimo na potencialização deste processo. Gostamos também das inspirações nos programas de Cingapura e o startup Chile - que “levou” muito empreendedor bom do Brasil, como Israel Nacaxe e Manuel Iglesias”, apontou Francisco Jardim, sócio-diretor da aceleradora SPVentures.
No entanto, ambos os especialistas apontam uma única falha no novo programa do governo federal: as metas para as startups são muito conservadoras. “Colocar metas que serão superadas será um alívio para o governo”, afirma Jardim.
Segundo o governo, a meta é o setor de TI atingir 6% de participação no PIB até 2022, atingindo um montante de US$ 200 bilhões. “Acho que deveríamos pensar em algo maior, tipo 10%, pois é uma área de muito crescimento e estabilidade”, aponta Almeida.
A descrição completa do plano “TI Maior” pode ser acessada no endereço do MCT (CLIQUE AQUI)
FONTE: INFO Abril